Artes Visuais

Paulo Darzé Galeria inaugura espaço com mostra de Anderson AC

E inaugura mostra de Carlos Vergara

Foto: Divulgação
Exposição

Dia 8 de novembro, às 19 horas, a Paulo Darzé Galeria inaugura um novo espaço expositivo, ampliando sua sede com um terceiro andar.

Este andar inicia as suas atividades com uma mostra do artista baiano Anderson AC, um dos novos nomes da arte brasileira contemporânea, artista que em seu trabalho utiliza de diversas linguagens como a pintura, o grafite, a colagem, a arte postal, o vídeo, a fotografia digital, a literatura, o uso de imagens e documentos familiares, vestígios, deslocamentos, documentos, relatos e imagens, memórias e registros.

A exposição tem textos de Marcelo Rezende e de Thais Darzé.  Para o crítico, Anderson AC., “ainda que elementos de sua pesquisa artística de mais de uma década estejam presentes de forma evidente.

Os códigos visuais da arte do grafitti, a cultural africana em Salvador como matriz e toda a simbologia religiosa e social), “Alvorada” são, a um só tempo, um prosseguimento e uma radical atitude de rompimento com a trajetória do artista.

O que vemos não são pinturas – em seu sentido mais elementar – , mas um outro objeto, algo que pede uma outra definição, uma outra categoria na qual as imagens pintadas são apenas uma camada inicial em nome do próprio entendimento da obra: no lugar da pintura, um objeto pictórico, ativo, em permanente ação diante de suas próprias circunstâncias”.

Para Thais Darzé, curadora da mostra, “essa série tem uma ideia de superação dessas dores, mazelas e holocaustos históricos, constituídos através dos processos de colonização e escravização de povos africanos".

No espaço do primeiro andar, a Paulo Darzé Galeria, também no dia 8 de novembro, às 19 horas, apresenta a mostra Pinturas Recentes de Carlos Vergara, um dos maiores nomes da arte brasileira contemporânea, com a exposição Pinturas Recentes. 

Para o crítico Felipe Scovino, na apresentação da mostra, Carlos Vergara traz “uma história que é escrita por imagens e objetos ao invés da escrita. Que guarda lembranças e sentidos de um território. São camadas de visualidade que se sobrepõem e se misturam continuamente. Especialmente suas pinturas mais recentes revelam uma associação peculiar entre pigmento - a origem da cor ou a ligação mais primária entre pintura e natureza – e terra. A densidade própria do pigmento ou do pó de mármore trazem uma memória da natureza. Não se trata de ilustração de algo, mas uma “liberdade de improviso, movida pelo desejo de explorar acontecimentos poéticos inesperados”.

Carlos Vergara nasceu no Rio Grande do Sul, em 1941, e mora no Rio de Janeiro. 

Participou de quatro edições da Bienal de São Paulo (63, 67 (Prêmio Itamaraty), 69 (ano em que participa também da Bienal de Medellín) e 89, e representou o Brasil na Bienal de Veneza, em 1980. Integrou mostras divisoras na história da arte brasileira como ‘Opinião 65’ no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e ‘Propostas 65’, na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo.

Vergara foi aluno e assistente de Iberê Camargo, e está na pintura o seu maior processo artístico, apesar dos projetos conjuntos com a arquitetura, a realização de cenários e figurinos, a criação de esculturas como resultado de experiências com papelão de embalagem, e obras realizadas com materiais industriais, fruto do seu interesse em investigar as relações entre arte e indústria, neste segmento estando desenhos e objetos moldados em poliestireno.

As mostras Alvorada de Anderson AC., e Pinturas Recentes, de Carlos Vergara ficam na Paulo Darzé Galeria (Rua Chrysippo de Aguiar, 08, Corredor da Vitória, até o dia 10 de dezembro, de segunda a sexta, das 9 às 19 horas, e sábados, das 9 às 13 horas.