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Coral do Senhor do Bonfim abre celebrações ao Dois de Julho

A cerimônia faz referência ao hino tradicional da liturgia católica

Foto: Ted Ferreira | FGM
Coral da Irmandade do Senhor do Bonfim

As comemorações pelo 2 de Julho, Independência do Brasil na Bahia, têm em 2022 o tema “A construção da nossa história”, idealizado por Ray Vianna, artista plástico escolhido este ano para contar essa história, dando vida e cor às ruas da cidade.

A programação tem início nessa quinta-feira (30 de junho), a partir das 7h30, com a saída do Fogo Simbólico da cidade de Cachoeira, com previsão de chegada em Salvador, no Largo de Pirajá, na sexta-feira (1º de julho), às 16h.

E, como parte litúrgica das comemorações, a tradicional cerimônia do Te Deum acontecerá, na sexta-feira (1º), às 9h, na Igreja Rosário dos Pretos, presidida pelo cardeal dom Sergio da Rocha, e contará com a presença de autoridades civis e militares, ao som do Coral da Irmandade do Senhor do Bonfim, regido pelo maestro Francisco Rufino.

Para o maestro Rufino, “é uma felicidade reger o coral no Te Deum há mais de trinta anos. Depois de dois anos de pandemia, a alegria é ainda maior. A saudade estava enorme. Então, vamos fazer uma festa muito bonita! Agradecer a Deus por esse acontecimento tão marcante, não só para os baianos, como para os brasileiros. Porque aqui houve derramamento de sangue, a consolidação da independência do Brasil. Estou muito feliz de, mais uma vez, participar da festa de independência do Brasil, na Bahia”.

A cerimônia faz referência ao hino tradicional da liturgia católica, geralmente cantado em eventos solenes e sempre às vésperas da celebração da Independência da Bahia. Este hino foi composto por Santo Ambrósio e Santo Agostinho, no ano de 387, em Miçao, por ocasião do batismo de Santo Agostinho. Logo na primeira estrofe é proclamado: "A Ti, Deus, louvamos, a Ti, Deus, cantamos. A ti, Eterno Pai, adora toda a terra".

No sábado (2), acontece o cortejo cívico, a partir das 06h, a alvorada com queima de fogos no Largo da Lapinha, contando com a participação popular, percorrendo as ruas da Lapinha até o Campo Grande, relembrando e recontando a trajetória dessa vitória que tanto orgulha os baianos e que, a cada ano, é mais reconhecida pelo Brasil.

Foi aqui, em Salvador, a culminância da verdadeira independência, quando, de fato, as tropas portuguesas foram expulsas do solo brasileiro, com a força e coragem dos negros, índios, mulheres, da Igreja Católica, todos unidos num único propósito: construir um país com brasileiros. E assim, foi escrito um novo capítulo da história desse povo.