Dirigido por Maria Schrader, o longa alemão escolhido como representante para indicação ao Oscar 2022, mistura comédia, ficção cientifica e drama, tudo isto embalado no papel celofane da filosofia.
Alma (o nome não deve ter sido escolhido a toa) é uma pesquisadora obcecada por trabalho, que se vê enredada numa pesquisa sobre inteligência artificial no intuito de obter recursos para seu projeto de pesquisa, que paradoxalmente tratava de encontrar poesia em escritos antigos.. Ela é designada para conviver por três semanas com um humanoide projetado para faze-la feliz.
Alma não está nem um pouco interessada em realizar o experimento com o humanoide Tom, protagonizado pela “Fera” Dan Stevens, pois em principio ela não acredita na possibilidade de alguém programado para um relacionamento. E Tom foi literalmente programado para ser o homem ideal de Alma.
A trama segue num pano de fundo comedia romântica (raro para um filme alemão) que dá leveza, mas também retira um tanto do potencial dramático do tema; mas as incursões filosóficas são presentes e em algum momento chegamos a nos questionar se o humanóide não seria mesmo a possibilidade de uma versão melhor de nós mesmos.
Não há como não se envolver com um lugar onde podemos depositar os nossos desejos, e mesmo Alma, cética , critica , lúcida e cínica, se vê envolvida naquilo que considera ser uma extensão de si mesma , econarcisicamente.
Um filme interessante, que não pretende esgotar o tema e de maneira inteligente mantem o final em aberto...
O Homem Ideal | Trailer Legendado