A Polícia Federal (PF) apreendeu nessa terça-feira, 5, mais de cinco toneladas de cloridrato de cocaína no Porto do Rio, na maior apreensão do gênero na história do Rio de Janeiro. Quase todo o entorpecente estava escondido em dois contêineres com destino a Moçambique, embalado em caixas de sabão em pó. Outros 280 quilos foram encontrados em um veículo próximo ao porto, no Caju. Dois homens foram presos em flagrante
De acordo com a PF, a descoberta da droga foi possível após uma denúncia e intenso trabalho de diligências. Ao longo do dia, com a ajuda de cães farejadores, 4,3 toneladas de cocaína foram encontradas em um contêiner, escondidas em caixas de sabão em pó
Ao mesmo tempo em que realizava a apreensão da droga, agentes da PF e da Receita Federal fizeram cruzamento de dados e identificaram outro contêiner suspeito. No local, foram encontrados mais 700 quilos do cloridrato.
À noite, policiais federais identificaram uma movimentação suspeita no entorno do porto e abordaram um veículo, onde foram encontrados mais 280 quilos da droga. Os dois ocupantes foram presos por tráfico internacional.
Participaram das atividades agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e policiais que integram a Missão Redentor, força-tarefa com profissionais especializados na área de inteligência no combate às organizações criminosas violentas voltadas ao tráfico de drogas e armas, corrupção e crimes ambientais.
No aeroporto
Na terça-feira (5), a Polícia Federal prendeu em flagrante uma mulher, transportando cerca de 2 kg cocaína no Aeroporto Santos Dumont.
A presa, de 26 anos e natural de Cascavel/Paraná, estava com a droga escondida em um fundo falso de sua bagagem e tinha como destino final a cidade de Salvador/Bahia.
A mulher foi conduzida à Superintendência da Polícia Federal, e responderá pelo crime de tráfico de drogas.
Também na terça-feira a PF apreendeu em Ponta Porã/MS, cerca de 3 toneladas de maconha, que seriam transportados para o estado do Paraná.
A apreensão aconteceu em uma operação de rotina realizada em Ponta Porã/MS, nas proximidades de um barracão localizado próximo ao trevo da UEMS. A droga foi encontrada em compartimentos ocultos de um misturador de ração que seria transportado por um caminhão.
Os envolvidos no carregamento da droga foram presos e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã/MS, para a lavratura do auto de prisão em flagrante.
Lavagem de dinheiro
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Maasari, que tem como objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas. Os envolvidos investigados movimentaram mais de R$ 24 milhões em suas contas bancárias, sem que tivessem declarado capacidade financeira que justificasse o montante. Na ação de hoje, cerca de 20 policiais federais deram cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois em Curitiba/PR e dois em Ponta Grossa/PR.
O trabalho é um desmembramento da Operação Beirute, deflagrada pela Polícia Federal em 2014. Ela desmantelou uma organização criminosa com ramificações em diversos países. Na ocasião, foi constatado que o grupo investigado atuava na exportação de cocaína da América do Sul para os continentes europeu, africano e asiático.
Entre os envolvidos, está um libanês residente em Curitiba, apontado como financiador das atividades ilícitas e responsável pela intermediação com traficantes asiáticos e libaneses. As investigações revelaram que tal indivíduo constituiu uma estrutura formada por empresas fictícias e seus respectivos sócios, tendo como propósito operacionalizar a lavagem dos recursos oriundos do tráfico internacional de drogas.
Verificou-se que os investigados movimentaram mais de R$ 24 milhões em suas contas bancárias durante o período apurado, grande parte através de transações em espécie e operações estruturadas (denominadas comumente de “smurfing”), bem como investimentos e aquisição de bens, tudo isto sem capacidade econômica e financeira declaradamente compatível, havendo também indícios de interposição das pessoas físicas e jurídicas para fins de ocultação dos bens e valores.
Os investigados poderão responder pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de 3 a 10 anos para cada ato de lavagem