O projeto VirtuArte Cidade Baixa tem o objetivo de promover a produção cultural e artística da Cidade Baixa, e retomar as memórias dos seus espaços, pontos turísticos e das manifestações populares.
O projeto reúne uma série de entrevistas com historiadores e personagens da região, bate papo com roteiristas e diretores sobre filmes ambientados na CBX, vídeos performances com artistas locais, exposição fotográfica, workshop de música independente, e oficinas de dança afro-brasileira, interpretação para audiovisual e produção de vídeos com celular, ministradas por profissionais da própria comunidade. Todas as atividades são gratuitas, abertas a todos os públicos e 100% online, disponíveis no Instagram do projeto: @virtuartecbx.
“A Cidade Baixa respira arte e das mais variadas. Da dança ao rap, do cinema à capoeira, existem artistas e produções ‘escondidas’ por ali, que precisam ser contadas e divulgadas. Mas é preciso relembrar, também, a força das manifestações e festejos populares, como a Festa do Bom Jesus dos Navegantes, que perpassam as crenças e tradições passadas por gerações, bem como retomar as memórias históricas de pontos culturais como o Cine Teatro Roma, que foi palco de artistas como Raul Seixas e Antônio Carlos e Jocafi. E o VTRT CBX promove isso através da internet e plataformas virtuais, que tornam mais perceptível essa aproximação da arte e tecnologia, história e modernização”, destaca a produtora cultural e idealizadora do projeto, Polyana Sá.
A partir de um levantamento prévio, realizado no início de janeiro, o projeto catalogou mais de 100 artistas, das variadas categorias (dança, música, capoeira, teatro, cinema, fotografia, artes plásticas) e que, em sua maioria, foram inseridos como parte ativa das atividades.
A própria equipe do VTRT CBX é composta, majoritariamente, por moradores da Cidade Baixa. “Somos nós, contando a nossa história e a história dos nossos pra toda a cidade e mesmo pro mundo, já que a internet permite isso.
É também um convite, um ‘portas abertas’ a conhecer e reconhecer as multilinguagens artísticas e toda a história da CBX”, enfatiza Polyana Sá, que é nascida e criada no Bonfim.
A programação começa 23 de fevereiro, com a abertura da exposição fotográfica “Olhares sobre a CBX”, que segue até abril sempre com uma foto, e o respectivo perfil do profissional, postada por semana no Instagram do projeto.
No dia 27, vai ao ar a primeira vídeo performance, reunindo nomes da nova cena artística, como o rapper Di Cerqueira, o bailarino Sebastião Abreu, a artista plástica Marília Resch e a drag Tyna Vhermont.
Em março, no dia 03, começa o “Diga aí, CBX”: uma série de entrevistas com os historiadores Matheus Buente e Inajara Abudde, e personagens da região, contando fatos e curiosidades sobre os festejos locais e outras resenhas.
O mês de março também receberá as oficinas de dança afro brasileira e Mobgrafia (vídeo com celular), e a estreia do “Fala aí, diretxr_”, dia 15, com um bate papo mediado pelo ator e diretor Heraldo de Deus, recebendo convidadas como as diretoras Cecília Amado (“Capitães de Areia”) e Vilma Martins (“5 fitas”).
Já em abril, tem workshop de música independente, oficina de interpretação para audiovisual, a continuação das publicações das vídeo performances e das fotos da exposição, da série de entrevistas e dos bate-papos com diretores e roteiristas – sempre online, gratuito e com transmissão através do Instagram do projeto: @virtuartecbx.
A Cidade Baixa
Formada pelos bairros do Bonfim, Boa Viagem, Calçada, Caminho de Areia, Lobato, Mangueira, Mares, Massaranduba, Monte Serrat, Ribeira, Roma, Santa Luzia, Uruguai e Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro, a Cidade Baixa remonta às primeiras décadas de colonização do Brasil, berço das primeiras construções para formação da cidade de São Salvador e teve seu Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
É rodeada de pontos turísticos, como a Basílica do Senhor do Bonfim, a Feira de São Joaquim e o Forte de Nossa Senhora de Monte Serrat, e palco de festejos famosos, como a Lavagem do Bonfim. “Ainda assim, existem bairros que são colocados à margem de tudo que é turístico e cultural, e artistas que precisam ser deslocados do seu próprio território para que consigam ser reconhecidos. Difundir e impulsionar as artes do território contemplado como Cidade Baixa, portanto, é um processo de reconhecimento de identidade, que vai além do que está posto enquanto ‘roteiro oficial’”, pontua a produtora e idealizadora do projeto.
O VirtuArte Cidade Baixa é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.
ANOTE:
O Quê: VirtuArte Cidade Baixa
Quando: de 23 de fevereiro a 17 de abril
Programação (100% online):
--Exposição fotográfica “Olhares sobre a CBX”: de 23 de fevereiro a 13 de abril
--Vídeos performances: de 27 de fevereiro a 17 de abril
--Diga aí, CBX - série de entrevista com historiadores e personagens da região: dias 03, 27 e 31 de março e dia 14 de abril-
Oficinas:
--Dança afro-brasileira (com Agatha Simas): dias 08 e 10 de março
--Mobgrafia - vídeo com celular (com Ariel L. Ferreira): dias 23 e 24 de março
--Interpretação para audiovisual (com Everton Machado): dias 05 e 07 de abril--
--Workshop de música independente:
--08 abril (com Luan Tavares da “OFÁ” e Dieguito da “Vivendo do Ócio”)
--13 de abril (com Jad Ventura da “Zuhri” e Gabriela Carmo)
--Fala aí, diretxr_: bate papos com cineastas sobre filmes ambientados na Cidade Baixa, como “Tungstênio”, “Capitães de Areia”, “Navegantes” e “5 fitas”: dia 15 de março e 12 de abril