A Operação Grande Família, deflagrada na manhã desta quarta-feira (16), pelas Secretarias da Segurança Pública e da Fazenda, além do Ministério Público Estadual, cumpre mandados de busca contra grupo suspeito de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Ordens judiciais foram expedidas para as cidades de Salvador e Santo Antônio de Jesus. As empresas investigadas são do ramo atacadista de alimentos.
Participam da operação equipes da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor-LD), através da Dececap, ambas do Draco, da COE, da PM, da Sefaz e do MP.
A Operação Grande Família, realizada pelas Secretarias da Segurança Pública e Fazenda, além do Ministério Público cumpriu mandados de busca e apreensão em áreas nobres da capital baiana. Imóveis nos bairros de Cidade Jardim, Barra, Corredor da Vitória, Horto Florestal e Alto do Itaigara foram visitados.
Documentos e aparelhos eletrônicos (celulares, tablets e computadores) são os principais itens de interesse para a investigação. O grupo de empresas alvo da operação é suspeito de sonegação de impostos e de lavagem de dinheiro.
Equipes da Dececap, da Sefaz e do MP permanecem em alguns imóveis cumprindo os mandados. Além de Salvador, uma ordem judicial é executada no município de Santo Antônio de Jesus.
Valores movimentados por empresas passaram de R$ 2 bilhões
Repasses entre contas bancárias que superaram a cifra de R$ 2 bilhões chamaram a atenção das equipes da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (CECCOR-LD), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), e motivaram o início das investigações que culminaram com a deflagração da Operação Grande Família.
Com integrantes de um grupo de empresas atacadistas de alimentos, equipes das Secretarias da Segurança Pública e Fazenda e Ministério Público apreenderam aparelhos eletrônicos, documentos e joias, na manhã desta quarta-feira (16).
Foram bloqueados 21 milhões em contas bancárias dos investigados e sequestrados imóveis e carros por determinação judicial. Os responsáveis pelas empresas são também investigados por crimes contra o fisco estadual cometidos desde o ano de 2010.
“Passamos a acompanhar esse grupo a partir do mês de outubro deste ano. Entre 2012 e 2019, através de análise bancária, percebemos as transferências de grandes montantes entre os sócios, que são parentes, indicando a possibilidade de lavagem de dinheiro”, destacou a delegada Larissa Barros, integrante da CECCOR-LD.
Mandados de busca e apreensão em residências dos proprietários, lojas e escritório de advocacia foram cumpridos em Salvador e Santo Antônio de Jesus, com apoio da Dececap, COE e da PM. A Superintendência de Inteligência da SSP também deu suporte às apurações.
“O padrão financeiro apresentado pelo grupo não condiz com o declarado oficialmente. Vamos aprofundar as investigações e, se caso confirmado o crime, indiciar os envolvidos”, declarou o diretor Draco, delegado Marcelo Sansão.