Carnaval / Segurança

Postos de saúde registram queda no número de agressões no carnaval

76 casos de agressões por armas brancas foram registrados no quarto dia de folia

Vítimas de traumas faciais são atendidas por cirurgiões no Carnaval

Os módulos de saúde do Carnaval registraram, no quarto dia de folia, 76 casos de agressões por armas brancas, uma redução de 40%, em relação ao mesmo período de 2019. As armas brancas são objetos que, embora não tenham essa finalidade, podem ferir gravemente o folião, a exemplo de espetos, facas e garrafas de vidro. 

No total, os módulos de saúde instalados para a festa realizaram, entre a noite deste domingo (23 de fevereiro) e madrugada desta segunda-feira (24), 3.289 atendimentos, a maioria no Circuito Dodô (Barra/Ondina), com 2.485. As principais causas continuam sendo os atendimentos clínicos, responsáveis por 80,9% do total das ocorrências. 

Foram transferidos 95 pacientes para unidades de retaguarda, o que corresponde a apenas 3% do total de atendimentos realizados nos circuitos. Avaliação especializada, radiológica e tomográfica estão entre os principais motivos de transferência para, principalmente, o Hospital Geral do Estado (HGE), UPA Brotas e UPA Vale dos Barris.

Os episódios de agressão física nos circuitos oficiais do Carnaval têm provocado traumas faciais, causados na maioria das vezes por socos e pontapés. As vítimas desses casos de violência são atendidas nos próprios circuitos pelos módulos de saúde montados pela Prefeitura. 

Desde o início oficial da folia momesca até às 6h da manhã desta segunda-feira (24), as cinco equipes de cirurgiões bucomaxilofaciais realizaram 297 cirurgias de face e pescoço, um acréscimo de cerca de 14% quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 261 intervenções no mesmo período.

"A atenção prestada no momento do trauma é muito importante. Além de diminuir os riscos para o paciente, reduzindo em até 90% as chances de deformações faciais irreversíveis, diminui também os custos do Sistema Único de Saúde com hospitalização, uma vez que na maioria dos casos não há necessidade de transferência para emergências”, afirmou Antônio Lucindo, cirurgião coordenador das equipes bucomaxilofaciais.

Após o procedimento, os casos mais complexos são encaminhados para uma unidade da rede de hospitais públicos ou privados para acompanhar a evolução do quadro clínico, já que estabilização de um trauma pode durar até 60 dias.

Guarda Municipal - A Guarda Municipal recolheu, somente ontem, 772 objetos perfurocortantes, com potenciais de armas brancas, totalizando 913 apreensões pelos dois órgãos municipais. A ação visa contribuir, preventivamente, com o esquema de segurança do Carnaval. 

A Guarda realizou, entre a noite de ontem e madrugada de hoje, 236 atendimentos e duas ocorrências sem maior gravidade. A corporação também está identificando crianças no circuito, com pulseirinhas que reúnem os dados dos responsáveis. No domingo, foram feitas 25.584 identificações nos três principais circuitos da folia, numa ação preventiva caso os menores se percam na folia.    

12 taxistas foram autuados, cinco por recusas de passageiros e seis por cobrança abusiva, no domingo de Carnaval. Os dados são da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob). Quem optou pelo serviço de táxi, contou com oferta de 7,2 mil veículos, com  31.440 mil pessoas transportadas. De acordo com o órgão, 742.470 pessoas foram transportadas pela folia no sistema convencional de ônibus. Já nos veículos do sistema complementar, foram transportados cerca de 57.655 mil passageiros.  

A linha gratuita Lapa-Calabar, que permite o acesso ao Circuito Dodô, transportou na quarta noite de operação 129.151 mil pessoas. A linha Lapa-Terminal Aeroporto transportou mais de 1,7 mil passageiros. Já os mototaxistas transportaram 21.593 mil passageiros. O Expresso Carnaval conduziu 13.873 passageiros nas linhas em operação.

Internet grátis - Mais de 1,1 milhão de foliões usaram, somente no domingo (23), a rede de Wi-Fi gratuita Conecta Salvador disponibilizada pela prefeitura nos circuitos do Carnaval. Foram feitos 300,4 mil envios de fotos em alta resolução e mais de 600 mil acessos às redes sociais. Os dados são apurados pela Companhia Municipal de Governância Eletrônica (Cogel).

Poluição sonora - As equipes da Secretaria de Ordem Pública (Semop) fizeram, somente neste domingo (24), 91 vistorias nos circuitos e 71 monitoramento de trios, sem registro de infrações..

Salvamar - As equipes de salva-vidas atuaram no domingo de Carnaval, no circuito da orla (Barra-Ondina). Foram 42 resgastes, oito salvamentos e 115 ações preventivas. 


Muitos foliões acabam se expondo a riscos no mar - Foto: Valter Pontes

A Salvamar preparou algumas dicas para que os banhistas evitem problemas durante os dias da festa

-- Não misturar bebidas alcoólicas e banho de mar – caso algo inesperado no corpo do banhista ou na corrente do mar aconteça, a dificuldade com locomoção e agilidade podem influenciar em afogamento e óbito;

-- Buscar orientação com os salva-vidas – o profissional conhece a praia e poderá indicar onde normalmente existem buracos e correntes que puxam;

-- Entrar no mar com a água até o umbigo – esta é a altura ideal para que o banhista tenha mobilidade dentro da água;

-- Evitar ficar próximo das pedras – a corrente do mar pode mudar naquele trecho por conta da geografia e às vezes puxam o banhista;

-- Crianças só entrarem no mar acompanhadas dos responsáveis – principalmente as mais novas não devem se afastar dos responsáveis durante banho;

-- Colocar pulseiras de identificação nos menores – segundo a Salvamar, muitas crianças se perdem na areia da praia e a identificação é necessária para que a localização dos responsáveis seja mais fácil.

Ouvidoria - Os foliões também estão ajudando a Prefeitura na apuração da qualidade dos serviços presados. Em três dias de festa, foram registradas 4.255 demandas, sendo 98,3% referente às equipes de rua e 1,7% do call center. Dos 4.255 registros, 2.359 foram informações/orientações, 1.393 elogios, 224 sugestões, 132 solicitações de serviço e 49 reclamações.