Entrevistas

Daniel Alves à GQ: "brinco que sou músico e meu hobby é futebol"

Jogador de futebol reflete sobre exposição, vida pessoal e aposentadoria.

Daniel Alves pode ser lido de muitas formas: dentro dos campos como um dos maiores campeões do nosso futebol (já são 40 títulos), como influencer de moda e até como músico – ele toca alguns instrumentos e tem até algumas músicas gravadas (faceta que só os amigos mais próximos conhecem).

O jogador de futebol - que acaba de voltar ao Brasil para atuar pelo São Paulo - é a capa da revista GQ Brasil de outubro que chega às bancas nesta quarta-feira (02).

"Brinco que, na verdade, sou músico e meu hobby é futebol. Quem sabe eu não lanço um álbum?", ri.

Apesar de todas essas personas, o baiano de Juazeiro ainda se sente um incompreendido.

"Sempre pegam as coisas ruins de qualquer frase que eu falo, mas não a mensagem completa", defende-se.

Aos 36, ele poderia continuar jogando em alto nível na Europa por mais alguns anos, mas viu na sua volta à terra natal uma chance de se fazer entender.

"O Brasil precisa urgentemente de grandes exemplos em vários setores. Somos um país muito egoísta, onde se o meu estiver bom, o do outro não importa. Assim não se cria uma nação sólida e nem sensibilidade entre as pessoas. Gostaria de ser uma dessas referências, esse é meu desafio aqui", pontua.

Aposentadoria não está em seus planos pelo menos não antes do próximo mundial de futebol. "Quero ir para a Copa de 2022", afirma.

"Depois eu penso em parar, sobretudo se o resultado for bom. Meu sonho não é conquistar cinquenta títulos, não vai caber nenhum troféu no meu caixão. Quero levar comigo sensações, momentos vividos", brinca.

Quando pendurar as chuteiras, ele pretende palestrar para jovens e adolescentes sobre "conscientização humanitária" e ser stylist. E até mesmo se arriscar na indústria da música.