É preciso ficar atento ao sobrepeso e obesidade, fatores que preocupam a saúde pública no país, mas tomar drogas para emagrecer não resolverá o problema.
Mais da metade da população adulta brasileira tem hoje excesso de peso, o que aumenta a prevalência de doenças crônicas associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão.
E muita gente também se preocupa com isso, buscando um peso mais saudável. Porém, algumas pessoas não seguem o caminho correto, que é a mudança de hábitos alimentares e prática de atividade física, escolhendo remédios para emagrecer como uma solução rápida.
Em primeiro lugar é preciso que se saiba, a droga não é apenas aquela ilícita, como maconha e cocaína. Existem também as drogas lícitas, ou seja, que são comercializadas legalmente, como é o caso do cigarro e dos remédios. E por falta de paciência e informação, há quem procure os remédios para acelerar o emagrecimento.
A obesidade se instala de forma lenta e progressiva no organismo das pessoas. Como? Pelo acúmulo de depósitos de gordura. Normalmente é associada a uma ingestão calórica excessiva e à baixa atividade física.
E se a gordura acumulada demora a aparecer, ela não sumirá num passe de mágica. O tratamento para chegar ao peso saudável exige tempo, paciência e acompanhamento profissional para a obtenção de resultados que serão permanentes e que não comprometam a saúde como um todo.
Os chamados “remédios para emagrecer” aparecem como uma solução rápida e fácil para o problema, mas é preciso saber que o uso deles pode gerar consequências indesejáveis.
Como todo medicamento, os utilizados no tratamento da obesidade também devem ter a indicação e a supervisão de um profissional especializado, não devendo ser usados indiscriminadamente, mesmo porque o tratamento medicamentoso da obesidade somente é recomendado em casos especiais como, por exemplo, quando a obesidade está associada a outras doenças (hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol elevado). Ainda assim, os resultados só serão satisfatórios se houver a associação do medicamento com planejamento alimentar e atividade física.
Perigo
Os medicamentos associados ao emagrecimento transmitem a falsa ideia de serem “naturais” e inofensivas ao organismo, mas trazem componentes como anfetaminas, diuréticos, laxativos, ansiolíticos (para diminuir a ansiedade) e hormônios da tireóide. Ou seja, eles podem atuar em setores do seu organismo que não precisam de cuidados, gerando problemas futuros.
Os medicamentos que auxiliam no emagrecimento porque diminuem o apetite ou aumentam a sensação de saciedade, por exemplo, só podem ser usados com indicação médica, mesmo porque, na maioria das vezes, agem de maneira diferente em cada pessoa. Em alguns casos, os remédios podem aumentar a pressão e os batimentos do coração.
O uso de medicamentos controlados para emagrecer acarreta outros problemas. Alguns deles, justamente por serem controlados, podem causar dependência. Outros podem perder a eficácia, uma vez que o indivíduo desenvolve uma tolerância à fórmula – embora a chance do aparecimento de efeitos colaterais continue.
A complacência também é uma enorme pedra no caminho, pois quem toma esse tipo de medicamento acredita que pode continuar comendo de tudo, em grandes quantidades, e não faz atividades físicas.
Quem precisa voltar a ter peso saudável tem de saber: não existe fórmula mágica. Para alcançar os resultados desejados é necessário acompanhamento profissional. São eles que explicarão como mudar a rotina de alimentação e atividade física. Além disso, lembre-se de ter paciência e comprometimento.