A primeira viagem de teste do metrô, partindo da Estação Mussurunga até a Estação Aeroporto, nesta quinta-feira (21), durou cerca de dez minutos.
O vice-governador João Leão; o comandante da Base Aérea de Salvador, coronel aviador José Henrique Kaipper, outras autoridades, funcionários da CCR Metrô Bahia e convidados foram os primeiros a chegar ao destino final do projeto original do sistema metroviário.
João Leão avalia que o equipamento transforma para melhorar a vida de milhares de pessoas. “Isso aqui vem fazer com que toda essa região tenha uma transformação na sua vida e tenha mais conforto. Quem vive ou trabalha em Lauro de Freitas tem segurança de saber que horas vai chegar em casa ou no trabalho, por exemplo. É uma vida nova para todo mundo. É a Bahia melhorando”, destacou
O trecho entre a Estação Mussurunga, onde a viagem começou, e a Estação Aeroporto tem 3,5 quilômetros. No caminho, foram verificados o funcionamento da rede aérea de energia e outros aspectos técnicos.
Agora, faltam terminar as obras complementares e promover a integração do metrô ao sistema de transporte metropolitano.
As vistorias vão seguir até o início da operação comercial, quando será iniciado com o transporte de passageiros, previsto para fevereiro de 2018, beneficiando baianos e turistas, o que pode ampliar a expectativa de usuários para 500 mil por dia. Atualmente, o metrô transporta, diariamente, cerca de 270 mil pessoas.
Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Jusmari Oliveira, o metrô, finalmente, se torna um equipamento metropolitano.
“O sistema atinge todo mundo, porque todos que chegarem ao aeroporto internacional de Salvador terão acesso ao metrô. Agora vamos continuar com a construção das passarelas e integrar essas comunidades adjacentes ao metrô”. Ela diz que o próximo passo é iniciar o tramo três, até Águas Claras, “onde vamos construir a nova rodoviária e dar funcionalidade a essa que é a maior obra de intervenção urbana da América Latina”.
As obras do metrô de Salvador são um exemplo que derruba fronteiras. De acordo com o presidente da CCR Metrô Bahia, Luiz Valença, o teste mostra que o cumprimento do cronograma das obras não é uma eventualidade, mas um padrão.
“As obras do metrô da Bahia são as mais rápidas de infraestrutura do mundo ocidental, inclusive na Europa. Este último trecho foi muito desafiador, porque tivemos que fazer uma mudança muito complexa no sistema viário de Lauro de Freitas, que foi concluído em tempo recorde. A obra começou em julho, estamos em dezembro e o trem já chegou ao seu destino. É um orgulho para o povo da Bahia".
Valença destaca ainda que estar na Bahia é um dos fatores de sucesso da obra.
“Para mim é um orgulho por ser baiano e mostrar que o modelo que o Governo do Estado adotou é ideal e de referência para ser adotado em outras regiões do Brasil, por que estimula a empresa privada, que tem capacidade financeira, para investir em empreendimento desse porte, obtendo resultados com esta velocidade”.
Com a Estação Aeroporto, o sistema metroviário alcança os 33 quilômetros de extensão, incluindo 20 estações e oito terminais de integração com ônibus.
Os terminais de ônibus Pituaçu e Aeroporto seguem em fase de obras, com previsão para conclusão em janeiro. A Linha 1 é composta por oito estações e em operação e 12 quilômetros, entre as estações da Lapa e Pirajá.
A Linha 2, do Acesso Norte ao Aeroporto, inclusive, quando estiver em operação, passará a compreender 21 quilômetros de extensão e 12 estações.
Após o início das operações da Estação Aeroporto, os moradores de Lauro de Freitas poderão chegar à região do Iguatemi, centro moderno de Salvador, em cerca de 25 minutos, e do Aeroporto até a Lapa, em 35 minutos, utilizando o metrô.
A expectativa do Governo do Estado da Bahia é expandir o sistema metroviário, com a Linha 1 chegando à Águas Claras/Cajazeiras, e a Linha 2 seguindo até a antiga loja Insinuante Lauro de Freitas.
Investimento
Até agora, o projeto do metrô, desde a assinatura do contrato de concessão em modelo de Parceria Público-Privada (PPP) em 2013, recebeu investimentos na ordem de R$ 5,6 bilhões, valor que inclui obras das Linhas 1 e 2, revitalização de seis trens e sistemas, reforma e ampliação dos terminais de ônibus, aquisição de 34 novos trens, implantação de sistemas, manutenção e operação do Metrô.
No auge das obras, o projeto chegou a empregar mais de oito mil trabalhadores diretos, indiretos e terceiros.