Estudantes de escolas públicas da Bahia se destacaram na Olimpíada Brasileira de Matemática 2017. De acordo com a lista foi divulgada no portal oficial da competição, 17 conquistaram a medalha de outro, 45 a de prata e 92 a medalha de bronze.
As medalhas de ouro serão entregues em uma cerimônia de premiação nacional organizada pela Coordenação Geral da Obmep, com data a ser definida, no Rio de Janeiro.
Os medalhistas de ouro terão direito de participar do Programa de Iniciação Científica Jr e, para isso, precisam sinalizar, no site oficial, a decisão para a Obmep até 26 de fevereiro de 2018.
O secretário estadual da Educação, Walter Pinheiro, destaca que a conquista de medalhas reflete a vocação dos estudantes para a Matemática.
“São alunos que servem de exemplo para seus colegas, mostrando que é possível alcançar seus objetivos quando se tem foco e dedicação. Estamos investindo, cada vez mais, no eixo pedagógico das escolas, para que elas estimulem a participação dos alunos em competições como esta, que torna a disciplina mais interessante e lúdica”.
Entre os estudantes da Bahia contemplados, 11 são da rede estadual, sendo que oito do Colégio Militar de Salvador.
Os estudantes da rede estadual, Luan Arjuna Fraga Ramires, de Andaraí (Chapada Diamantina), e Dikson Ferreira dos Santos, de Araci (nordeste), já são veteranos na conquista de medalhas da Obmep, inclusive, com ouro na edição de 2016.
Luan já coleciona quatro medalhas de ouro e uma de prata nas Olimpíadas. Ele tem 16 anos e cursa o 2º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Edgar Silva, localizado em Andaraí (429 km de Salvador), e explica que a Obmep foi decisiva para despertar seu interesse pela disciplina. “Comecei a estudar Matemática por causa da olimpíada. Se não tivesse ganhado medalha nenhuma, provavelmente, não me interessaria. Meu primeiro contato com a Matemática foi através de minha mãe, que sempre me incentivou e quem me apresentou a Obmep”.
.
Dikson, 15 anos, morador do município de Araci (223 km de Salvador), comemora sua quarta medalha de ouro da Obmep. Ele é estudante do 3º ano do Programa Ensino Médio por Intermediação Tecnológica (Emitec) e já coleciona 12 medalhas em competições do gênero. O estudante assiste às aulas no Instituto Educacional de Pedra Altas, que são transmitidas via satélite, em tempo real, com professores diretamente dos estúdios instalados no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. Ele afirma que o fato de estudar perto de casa, otimiza o seu tempo. “O Emitec é bem importante para estudantes de baixa renda que não têm condições de ir para outro lugar e os professores são bem qualificados. Estudar pelo Emitec é importante para mim porque não precisei mudar para uma cidade maior para estudar”.
A 13ª edição da Obmep bateu novo recorde de escolas (53.231), de 99,6% dos municípios brasileiros. Dos 18,2 milhões de estudantes inscritos, 941 mil foram classificados para a segunda fase da competição – 903 mil de escolas públicas e 38 mil de particulares.
As cerimônias de premiação da Olimpíada serão realizadas em 2018, em data a ser definida.Os estudantes medalhistas de 2016 receberam uma homenagem da Secretaria da Educação do Estado durante o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, realizado de 21 a 23 deste mês, na Arena Fonte Nova.