Turismo

Por que viajar em cruzeiro temático?

Tendência no mercado de navegação turística, navios com programações específicas são garantia de maior satisfação aos passageiros

Foto: Divulgação
Antes de fechar a viagem, avalie bem o navio e veja quais atividades de lazer oferece

As empresas de cruzeiros marítimos encontraram nas programações temáticas uma maneira de fidelizar o cliente e estimular ainda mais a curiosidade daqueles que jamais fizeram uma viagem de navio.

Ainda que hoje eles representem apenas 10% do total de passageiros embarcados no Brasil – quantidade pequena se considerarmos que há cerca de 20 rotas temáticas na temporada brasileira de cruzeiros, segundo dados da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (ABREMAR) – a tendência é de alta.

“Os cruzeiros temáticos costumam ser os mais bem avaliados pelos hóspedes”, esclarece Fernanda Dominicis, gerente de marketing da Royal Caribbean. Daí serem apontados como resposta aos primeiros sinais de estagnação do setor, apesar da pouca informação do público a respeito dos temas e datas ofertados a cada temporada.

Uma exceção é o “Emoções em Alto Mar”, do cantor Roberto Carlos. Talvez o temático mais divulgado e desejado de todos. Em novembro de 2014 já não havia mais vagas para a atual edição, cujo cruzeiro zarpou de Santos em fevereiro.

“Obviamente alguns de nossos hóspedes optam por uma saída temática por terem sinergia e interesse ao tema oferecido. Alguns deles, porém, desconhecem que aquele é um cruzeiro temático e são surpreendidos com as atrações e programações diferenciadas”, afirma Fernanda.

Ela credita a esse desconhecimento e à surpresa positiva que ele acarreta, as boas avaliações que os temáticos oferecidos pela companhia (Royal Life, Gourmert e Dance) têm recebido.

O famigerado custo-benefício também entra nessa equação. “Um cruzeiro temático traz todas as atividades de um cruzeiro regular mais algumas atividades temáticas”, salienta a executiva. Isso, sem qualquer alteração no preço final para o consumidor.

Não se trata de uma pechincha, mas de um investimento na fidelização de um público. Em geral, as companhias oferecem temas similares, com algumas variações. A MSC, por exemplo, tem os temas Mar & Ação e Qualidade de Vida, que são bastante próximos do Royal Life da Royal Caribbean.

Outros temas disponíveis são Beleza sem Fronteiras, Music on Board (cruzeiro de música eletrônica), Sênior (voltado para a terceira idade), GLS (para o público homossexual), Motorcycle Rock Cruise (para fãs de motos e rock), entre outros.

A fidelização é um processo e as empresas estão investindo para que os cruzeiros temáticos dominem cada vez mais a agenda da temporada.

“Estamos sempre avaliando possíveis novos temas. Os cruzeiros temáticos são decididos de acordo com assuntos que sejam alinhados com a filosofia da companhia”, explica Fernanda. A Royal Caribbean, por exemplo, elege temas que não afrontem o perfil mais familiar pretendido pela empresa.

O conceito de mais por menos sempre vende bem. De sabonete no supermercado, até a experiência de se fazer um cruzeiro. Poder degustar das melhores iguarias preparadas pelos melhores chefs do mundo a bordo de um navio sem pagar mais por isso é tentador.

Curtir uma rave ou fazer um tratamento estético intensivo a bordo são opções sintomáticas dos novos tempos. Com mais brasileiros fazendo cruzeiros, mais sedutores os cruzeiros precisarão se mostrar para a prosperidade da relação.

* O jornalista viajou a convite da Royal Caribbean