Passadas duas décadas, o real perdeu seu poder de compra perante o dólar. A paridade de 1 para 1 deixou de valer em 1999, por determinação do Banco Central. Desde então, o real tem oscilado entre R$ 2 e R$ 3.
Mesmo assim, pelo menos 16 moedas estrangeiras valem menos que o real, de acordo com um levantamento da Confidence Câmbio feito com exclusividade para o iG. Países como Colômbia, Coreia do Sul e Chile têm suas moedas mais desvalorizadas que no Brasil.
Com apenas R$ 1, é possível comprar cerca de 1 mil pesos colombianos, 500 wons sul-coreanos e 50 ienes do Japão. No Uruguai, cada unidade da moeda brasileira pode ser trocada por 11 pesos e, no México, 5,88.
Na África do Sul, é preciso somente R$ 0,20 para adquirir 1 rand, moeda do país. A unidade do dólar de Hong Kong custa em torno de R$ 0,28. Também as nações ricas da Escandinávia têm o câmbio mais desvalorizado que o brasileiro.
Cerca de 3 coroas suecas são adquiridas por R$ 1, enquanto 1 coroa norueguesa equivale a R$ 0,37, e uma coroa dinamarquesa corresponde a R$ 0,40.
Câmbio não determina poder de compra de um país
O fato de o real ser mais forte que algumas moedas não significa, contudo, que é mais barato fazer compras nestes países ou que o padrão de vida por aqui é melhor.
Para medir a paridade do poder de compra - PPC entre dois países, é preciso levar em conta não apenas a taxa de câmbio. Calcula-se também o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, as diferenças de renda das populações e o custo de vida de cada região.
Na lista do FMI (Fundo Monetário Internacional) de nações com o maior poder de compra no mundo, considerando o PIB per capita, o Brasil aparece no 79º lugar, atrás de seus pares latinos México, Uruguai, Chile e Argentina.
Países como Israel, Japão, Suécia e Hong Kong, todos com o câmbio abaixo do real, aparecem entre os primeiros do ranking, ou seja, sua capacidade de aquisição é bem superior que a do Brasil.
Já Colômbia, Peru, República Dominicana e África do Sul possuem poder de compra menor que no Brasil, significando que nestas nações o real vale mais, além do câmbio valorizado.