Não, não estamos entrando no terceiro turno. A nova campanha de Dilma é para fugir da vergonha, livrar o Partido dos Trabalhadores da mofa pública, do entojo pela sigla e escapar da malha da Justiça. É uma campanha acima de tudo de imagem – o que é bom para seus marqueteiros que estarão ganhando um dinheirinho a mais, inesperado e com certeza bem-vindo. Dilma está em campanha para livrar sua cara e de Lula, depois que o doleiro Aberto Youssef disse que eles sabiam de tudo sobre o esquema de corrupção na Petrobras.
Dilma esteve na Austrália com os cangurus e de lá, depois das suas reuniões, foi atender aos jornalistas – que estão cada vez mais frouxos e não fazem as perguntas devidas – e disse que não concorda com o teor das manifestações populares que pedem o seu impeachment e até uma intervenção militar. Como já disse, Deus nos livre dos militares. Tanto faz uma ditadura de direita, da caserna ou uma ditadura socialista, bolivariana, do PT. É tudo a mesma porcaria e cabeças rolam dos dois lados. Viva a democracia! Isso sim.
Dilma sabe que o povo mais esclarecido está estarrecido e revoltado com a corrupção praticada, como nunca antes na história do Brasil, pelas hostes petistas. Não que não haja corrupto nas outra siglas, tanto que caiu na memória social que todo político é ladrão. Não é bem assim, mas muitas das vezes parece mesmo.
A presidente se postou como se fosse uma estadista, papel que não lhe cai bem, face ao que o seu governo tem feito de errado em termos de relações exteriores, de relações interiores e atitude de desfaçatez e da falta de transparência, observando que respeita a manifestação popular e que chegamos a um estágio democrático que permite até que alguns cidadãos defendam até a volta de um golpe. Ela afirma não ter nada contra ou a favor das manifestações, como se elas estivessem sendo direcionadas para uma terceira pessoa. Fingida esquizofrenia.
Quando ela diz que pela primeira vez a corrupção está sendo combatida e que nunca houve ação deste jeito, querendo insinuar que seu governo é responsável pela atitude, está querendo enganar o povão e não às pessoas esclarecidas. Se fosse pelo governo o problema estaria embaixo do tapete. Quem atua para combater a corrupção é a Polícia Federal e o Ministério Público. Eles são órgãos e instituições democráticas independentes. Sem nenhuma ligação com o governo. PF e MP pertencem ao Estado e não ao Governo. Ela finge não saber, nesta intenção de escamotear a verdade. E se não fossem por eles com certeza que o governo não se abalaria, como não se abalou e seguiu em frente fingindo desconhecer o problema.
Verdade está que passa pelo fato dela ter sido presidente de Conselho de Administração da Petrobrás, no tempo em que o ex-diretor Paulo Roberto era tão poderosos que ela e Lula o chamavam, carinhosamente de “Paulinho”. Hoje ela diz não conhecer este, que até no aniversário de seus parentes próximos esteve, comendo brigadeiro e cantando “Parabéns pra você”.
No momento em que faz questão de creditar a corrupção a governos anteriores, está mostrando que nao há saída para o seu imbróglio. A imagem de Lula já está queimada e será impressa para sempre nos livros de história. Quando se falar em seu governo o Mensalão estará atrelado. A corrupção deste que até agora, sim, é o maior da história, superando até mesmo o escândalo dos Anões do Orçamento, será marcada com tinta nas páginas dos compêndios. E, infelizmente, o governo Dilma também não vai escapar do olho e da crueldade da história, que tudo revela e escancara. E quanto à campanha que Dilma enceta agora é perda de tempo. Os brasileiro mais esclarecido (mais da metade do Brasil ou votou em Aécio ou protestou votando nulo ou em branco) não engole seus argumento e jogo do mico preto. E a outra parte que votou nela não entende direito o que ela está falando. Então o que responder para Dilma? Simples: toma lá que o filho é teu e quem concebeu que balance. Que a PF e o MP não esmoreçam. O Brasil do bem agradece. A Democracia se engrandece, se fortalece e se defende dos aventureiros, dos flibusteiros do momento.