Achar um imóvel em uma encosta com vista para o mar da Tijuca era realmente um sonho. Daí a compra da casa de 200 m² na praia de Joatinga, Rio de Janeiro, ter saído sem hesitação. Mas seria necessário reformar tudo, ou quase tudo.
Foi aí que as arquitetas Alessandra Riera e Ana Paula Veirano entraram na história. “A vista era maravilhosa e a localização do imóvel tornou o projeto ainda mais desafiador. Tivemos de começar do zero, pois a deterioração era intensa. Demolimos grande parte da construção antiga e refizemos as estruturas”, diz Alessandra.
O objetivo de manter a casa em harmonia com a natureza foi um dos pontos mais ressaltados pelos clientes e, as profissionais, logo procuraram maneiras de garantir a exigência. A maneira encontrada foi investir em panos de vidro e ventilação natural.
A reforma teve início com a mudança da porta de entrada. O antigo local foi transformado em um jardim de inverno com acesso por uma porta de vidro e a nova entrada ganhou um pergolado de madeira.
Mas o grande truque para garantir a circulação do ar foi o uso de cobogós em toda a parede da lavanderia. O espaço ganhou ainda mais iluminação ao receber a abertura da claraboia.
Outro pedido dos futuros moradores era que a vista do mar estivesse presente na maioria dosambientes da casa de três andares.
Por isso, as arquitetas intensificaram o uso de panos de vidro e retiraram paredes divisórias, o que garantiu continuidade e amplitude ao projeto. Cozinha, escritório, quarto do casal e banheiro foram alguns dos espaços integrados. “Fizemos também uma pequena varanda que se integra à sala de estar ”, afirma Alessandra.
A reforma que demorou seis meses até chegar ao fim recebeu um toque clean na decoração. As profissionais investiram em uma base neutra (no piso, mobiliário e na pintura das paredes) e algumas peças coloridas para contrastar.
Móveis assinados por designers brasileiros também foram muito usados no projeto, sendo Jader Almeida e Sergio Rodrigues algumas das maiores apostas.
“Além disso, buscamos materiais que não fossem corroídos pelo clima de praia. Eliminamos couro e aço e valorizamos a madeira”, diz.