Prevendo que os recursos da poupança seriam insuficientes para suprir a crescente demanda por financiamento imobiliário, o mercado buscou desenvolver fontes alternativas de financiamento como a venda de títulos para os investidores.
A expectativa era que os 65% da poupança não seriam mais suficientes para atender a procura por financiamentos a partir de 2014. O cenário, porém, mudou bastante desde o ano passado. O crédito imobiliário, que crescia 50% ao ano, deve ter expansão de cerca de 15% neste ano.
Já a poupança, que tinha crescimento de apenas 10%, ficou mais competitiva e bate recorde atrás de recorde de captação mesmo na nova regra e com redução dos juros.
“Os recursos da poupança serão suficientes por algum tempo para financiar o setor imobiliário. O mercado está mais maduro e não teremos mais crescimento de 50% como no passado”, afirma Osmar Roncolato, vice-presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
No ano passado, a captação da poupança cresceu 17,6%, acima dos 10,3% de 2011. Já os financiamentos imobiliários aumentaram 42,2%, bastante abaixo dos 65,2% de 2011. A informação é da Folha.