Imóveis

Novas tecnologias reduzem em até 70% o consumo de energia elétrica em casa

Residência de 400 m² foi construída na capital paulista para mostrar soluções na hora de economizar energia. Projeto permanente poderá ser visitado pelo público

Foto: Divulgação
A CasaE apresenta soluções que economizam até 70% de energia. O projeto da Basf é permanente e poderá ser visitado pelo público

A cidade de São Paulo acaba de ganhar uma casa repleta de soluções para economizar energia. A CasaE, da Basf, tem 400 m² e foi construída para mostrar as novas tecnologias que permitem reduzir o consumo elétrico em até 70%.

O maior foco dos produtos inteligentes apresentados foi o controle térmico dos ambientes, uma forma de diminuir o uso de ar-condicionado. Um deles consiste no uso de microcápsulas poliméricas, um tipo de plástico, em massas e placas de gesso. A novidade (ainda não disponível no Brasil, mas já à venda em países como Alemanha e EUA) garante que a temperatura do local não ultrapasse 25º C.

A residência localizada na Avenida Vicente Rao, zona Sul da capital paulista, mostra alternativas tecnológicas também no sistema construtivo . Foram usados blocos de poliestireno (outro tipo de plástico) com partículas de grafite.

O material colocado em paredes e tetos da CasaE consegue absorver raios infravermelhos e oferecer isolamento térmico até 70% superior ao da alvenaria comum. Outro composto apresentado no projeto foi um pigmento de tintas (sem restrição de cores), ainda em desenvolvimento, que inibe a absorção de raios solares.

Outras ideias
As soluções aplicadas na CasaE abrangeram até propostas sobre conforto acústico. Os forros do auditório, home teather e da sala de reunião foram revestidos com uma espuma (antichamas), à base de melanina, que aumenta a proteção acústica. Além disso, tecnologias como pisos drenantes, impermeabilizantes de área externa, tintas antibactéria, placas fotovoltaicas e solares também marcaram presença.

“A CasaE custou R$ 3 milhões, incluindo gastos com obra, decoração e compra do terreno de 1.700 m². Imaginamos que o investimento seja 30% superior ao de uma casa tradicional, mas a recuperação acontece a médio prazo”, afirma Leonardo Vittoriano, coordenador do grupo de construção da Basf.

A decoração minimalista dos ambientes da casa inteligente foi feita pelo arquiteto Gustavo Calazans. “Usei poucos móveis e abusei de cores nos espaços. Gosto de trabalhar com pallets e elementos de concreto, por isso, não hesitei em colocar um sofá rústico na sala”, diz.

A CasaE é um projeto permanente – cuja decoração será renovada todos os anos – e que poderá ser visitada pelo público. A expectativa dos organizadores é receber, no mínimo, cinco mil pessoas por ano.