Em 1971, o médium Chico Xavier foi entrevistado pelo programa jornalístico “Pinga-Fogo”, da TV Tupi Canal 4 de São Paulo, respondendo a uma série de perguntas sobre o espiritismo.
Passados mais de 40 anos, muitas dúvidas sobre o que ocorre após a morte do corpo físico ainda persistem. Para esclarecer algumas delas, na véspera da comemoração do Dia de Finados, o Portal da Tribuna da Bahia traz uma entrevista com o médium José Medrado.
Medo da morte
Tribuna da Bahia - O senhor tem medo de morrer? Como se explica que espíritas que acreditam que o corpo é uma prisão e a morte, uma libertação, sintam medo de morrer? Exemplo disso foi a reação de Chico Xavier ao passar por uma turbulência quando viajava de avião.
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A indiferença
Tribuna da Bahia - Se os espíritos se alegram aos serem lembrados pelos entes queridos encarnados, a indiferença os afeta, particularmente no dia de comemoração de finados?
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O espírito vai a dois lugares ao mesmo tempo?
Tribuna da Bahia - O Livro dos Espíritos diz que no dia de Finados os espíritos se reúnem em maior número nos cemitérios, porque é maior o número de pessoas que os chamam. Também afirma que pouco importa o lugar onde é feita a prece. Se o espírito é lembrado por duas pessoas que estão em lugares diferentes, ele pode ir ao encontro delas ao mesmo tempo?
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A cremação
Tribuna da Bahia - Para um espírito que desencarnou mas continua preso à matéria, é melhor ser cremado ou enterrado?
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O suicídio
Tribuna da Bahia - O que acontece com os suicidas?
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O sonho
Tribuna da Bahia - Quando dormimos temos vivências no plano espiritual? Como isso ocorre? Se eu tive uma vivência com uma determinada pessoa e isso é recordado por mim na forma de sonho, isso significa que a outra pessoa também sonhou a mesma coisa ainda que não se lembre?
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O sofrimento
Tribuna da Bahia - Como funciona a relação de causa e efeito quando duas pessoas estão envolvidas numa relação? Por exemplo, uma ação minha causa sofrimento em outra pessoa, mas aquilo foi necessário para a evolução dela; nesse caso, também vou sofrer os efeitos do sofrimento que causei, mesmo tendo feito algo que resultou num benefício para aquela pessoa? Como funciona essa logística?
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O encontro
Tribuna da Bahia - Se meu pai morreu e depois encarnou no meu filho, e meu filho morreu antes de mim, com quem vou encontrar ao desencarnar?
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A recepção
Tribuna da Bahia - Quando a pessoa morre encontra todos os familiares que teve em suas diversas existências (encarnações)?
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As aparições
Tribuna da Bahia - Os espíritos que aparecem para determinadas pessoas que têm a capacidade de vê-los deixam de aparecer para elas quando reencarnam novamente?
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Castigo divino?
Tribuna da Bahia - No dia 30 de setembro de 2000, quando chegava ao hospital de Veneza, na Itália, Anna, esposa do escritor Diogo Mainardi, que estava grávida, mostrou-se receosa em relação ao parto. Ao ver a fachada do prédio, Mainardi disse: "Com esta fachada, aceito até um filho deforme". Mais tarde, por um erro médico, o filho mais velho do casal, que nasceu saudável, teve paralisia cerebral. Sobre esse fato, Mainardi comentou: "Um crente ou supersticioso poderia ligar os dois pontos por qualquer coisa próxima de compensação ou castigo divino". Como a doutrina espírita explica um fato como esse?
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Há acordos?
Tribuna da Bahia - Os pais participam do planejamento reencarnatório de um determinado espírito que encarnará como filho deles? Firmam uma espécie de acordo no plano espiritual no momento em que a alma está liberta quando estão dormindo? Ou seja, concordam em passar por determinada situação mesmo sabendo que aquilo vai gerar um grande sofrimento e que não vão ter consciência (lembrança) do acordo feito?
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Críticas
Tribuna da Bahia - Ao final da entrevista, Medrado também criticou um tipo de postura presente no movimento espírita.