Jolivaldo Freitas

Barcelona: os espanhóis sempre foram gentis

 A presidente (denta? denti? dento? dentu?) Dilma ou o chanceler sei lá o nome dele, tem a obrigação  de enviar um email, mensagem, telex, telegrama, sinal de fumaça, mensagem de tantãs ou cabograma para o presidente do Barcelona. Agradecendo a gentileza do clube em não aumentar o nível de humilhação que o futebol brasileiro foi passivo, na manhã de ontem, e que deixou todo o país em jejum de manhã cedo. 

 
O Barcelona, se não fosse um time de gentleman, tinha enfiado uns dez a zero no Santos. Teria sido melhor que Pelé, Zito e Edu tivessem atuado. Perderiam de menos e daríamos a desculpa que estavam fora de forma (se bem que não sei além de Pelé tem algum outro ainda sem se transformar em ectoplasma. Aliás, mesmo em alma seriam melhores que este time de boçais). 
 
O Santos não passou mais vergonha porque o Barcelona jogou com o freio de mão puxado. Não passaram nem a terceira marcha. Os espanhóis se divertiram, passearam e nem foi preciso Messi ser muito brilhante. Bastou só um pouquinho de brilho. Uma strass. Uma lantejoula só. E o baiano Daniel nem suou a camisa.
 
Os espanhóis sempre foram bons conosco – embora tenhamos a má educação de tratá-los, a todos, como galegos, o que é uma falta de bom senso e ingratidão. 
 
Ao contrário dos franceses e holandeses, nunca quiseram muita coisa daqui, a não ser um pouco do pau Brasil. E foi esta gentileza que nos livrou de uma maior humilhação na terra do sol nascente. Os jogadores do Santos, pelo menos tiveram a honra de ver de perto um time genial jogar. Em alguns momentos até esperei que eles parassem o jogo para pedir às estrelas do Barcelona um autógrafo.  Devem ter pedido no vestiário.