Nilza Barude

De olho na TV

PALAVRAS CRUZADAS COM PEDRO CANÍSIO

Pedro Canísio Félix Araújo nasceu em Natal – RN.  Ingressou no curso de jornalismo na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em 2007. Continua, agora, o curso na Faculdade 2 de Julho, em Salvador. Desde dezembro de 2010 é apresentador e repórter, ligado ao núcleo de esportes, chefiado por Jorge Allan, na Rede Bahia.

Tribuna da Bahia - Como começou o seu interesse pela comunicação?
Pedro Canísio - Comecei muito cedo numa Rádio FM, na cidade de Campina Grande – PB. Aos 17 anos, já trabalhava como locutor, mas o primeiro emprego só veio aos 19, em Mossoró-RN. Trabalhei dos 21 aos 23 anos, como radialista. Concluo hoje, que o rádio é uma grande escola.
 
TB - Quando a TV entrou na sua vida?
PC - Quando a TV de Mossoró foi inaugurada, a TCM (TV Cabo Mossoró). Eu fazia de tudo, apresentei programas de auditório, fui repórter, narrador esportivo e por aí vai...
 TB - E o jornalismo esportivo?   
PC - Eu sempre fui inquieto e teimoso, enviava DVD com o material do meu trabalho para emissoras de todo o Brasil. Eu sempre acreditei que teria uma chance, principalmente no esporte, que é a minha preferência.
 
TB - E daí?
PC - Eu viajei para o Rio e São Paulo, para mostrar o meu trabalho ao amigo Eduardo Monsanto, apresentador da ESPN Brasil, que me indicou para a TV Paraíba, afiliada Rede Globo, em Campina Grande – PB.
 
TB - E você foi contratado?
PC – Sim. Durante um ano fui repórter na cidade de Patos, Paraíba. Eu fui uma espécie de repórter multiuso, cobria mais de 50 cidades e fazia reportagens de tudo que se possa imaginar. Mas o meu objetivo era um lugar no esporte.
 
TB - E o esporte, ficou de lado?
PC – Não. Atingi o meu objetivo. Quatro meses depois, comecei a apresentar o bloco local do Globo Esporte Paraíba, aos sábados. Até que Juliana Souza, editora da TV São Francisco, em Juazeiro, assistiu algumas reportagens que fiz na Paraíba, e me convidou para trabalhar em Juazeiro - BA. Depois de cinco meses, em Juazeiro, fui transferido para a TV Bahia, em Salvador, onde sou repórter esportivo e apresentador do bloco dentro do mesmo segmento, no Jornal da Manhã, ao lado do meu amigo, Darino Sena.
 
TB - Você revelou que é casado há três anos. Dá tempo pra namorar a esposa com tantas atividades?
PC - Dá sim! (risos) Estamos juntos há dez anos. O convívio com minha companheira é imprescindível para que eu possa encontrar o equilíbrio pessoal e profissional. 
 
TB - Nunca trabalhou na imprensa escrita? Por quê?
PC - Na verdade eu sempre gostei de falar muito, gritar gol (risos). Por isso, a tendência para o rádio e a TV. 
 
TB - Qual é a sua visão sobre a próxima Copa do Mundo, acha que temos chance?
PC - Acho que é necessário observar que a Copa não se restringe apenas à construção de um estádio. A magnitude do evento exige uma série de medidas para melhorar a logística urbana e resolver antigos problemas, que se arrastam há anos sem solução. Mas torço muito para que o Brasil dê um show de bola, dentro de campo a probabilidade é maior, fora dele é que não dá pra dimensionar se tudo vai estar pronto até 2014.
 
TB - Cite dois ídolos dentro do telejornalismo esportivo brasileiro.
PC - Tenho vários... Vou citar Alex Escobar e Galvão Bueno.
 
TB - Quais são os seu planos futuros?   
PC - Eu sou um mochileiro, não faço planos. Simplesmente deixo a vida me levar. Independentemente do destino, vou levar a Bahia e os  baianos no coração.