Jolivaldo Freitas

Pepsi, Coca, Ufba, Lula e outras besteiras da vida real

Tem coisas que deixa a gente com o queixo caído. Ficamos todos com cara de besta. Com jeito de quem soltou pum no elevador e ele abriu a porta justamente na hora em que aquela vizinha gostosa decidiu entrar. E aí, o que fazer? Se transformar em paisagem? Tomar um tarja preta? Sair dando dentada em cachorros? Chutar o balde? Virar bicho que nem Heloísa Helena? Resposta difícil. O negócio é manter-se mais zen que o Dalai Lama em dia de feira.    

Exemplo: parece mesmo que só ficando chapado para aguentar a falta de respeito dos caras do Ibama que botam gosto ruim em tudo que é projeto que poderia beneficiar a cidade ou o estado. Mas, por falar em Helóisa Helena, soube que ela estava doente e nem tinha plano de saúde. Eu acho a moça diferente.

Tem algo embutido ali, talvez uma fêmea fogosa. Alguém deveria dizer que ela pode, sim, sem que se caracterize como pecado mortal, tirar os óculos, botar umas sombras nos olhos e um batonzinho básico naqueles lábios rugidores. E poderiam chamar um bom estilista para tirar aquela roupinha de virgem do sertão prometida ao coronel; roupa de pagã de peça da igreja da província, que ela vem usando sempre.

Um lance que me deixou pasmo, em face de cara de pau da mensagem, foi a atitude de uma grande fábrica de cigarro, que colocou anúncios em revistas, conclamando o povo, os comerciantes e as autoridades a tomarem uma atitude contra os falsificadores paraguaios que vêm inundando o mercado nacional com produtos falsificados. São milhões de cigarros que entram pelas fronteiras e o querelante diz que são prejudiciais à saúde. Cacete! E tem cigarro que não faz mal para a saúde?

Aproveitando, aconselho você leitor, a assistir ao filme “Obrigado por Fumar”. É para ver a cara de carvalho do porta-voz da indústria tabagista americana, justificando o câncer causado pela tragada. A fumaça do cigarro tem cinco mil componentes de lascar o cano. O problema é que sabemos que todo fumante só tem um neurônio.    

Algo engraçado, recentemente, foi o teipe em que uma atriz , um mulherão, falando com calma, firme, olhando para a lente (olho no olho com o telespectador), como manda o figurino televisivo, dizendo que se o povo comprar o carro de tal marca, vai ser feliz eternamente. Conheço quem comprou, o carro quebrou e faz um mês que não acha peça. Vai ficar lá uma eternidade.

Fico sabendo que Lula vem receber um título dado pela UFBa. Um colunista da Veja disse que era um horror, pois a universidade está caindo aos pedaços. É verdade. Quem vai, só para citar um exemplo, ao Hospital Veterinário da UFBa sabe que vai levar hora destas um tijolo ou telha no cucurutu. Os funcionários e estudantes estão com torcicolo. Andam olhando para cima. Um professor da Universidade diz que Lula merece, pois mandou muita grana. Então está dizendo que o pessoal da Reitoria é que é incompetente?      

A propaganda ainda não descobriu que agradará muito mais se colocar um especialista em libras, principalmente da indústria da moda ou alimentícia. Sugeri isso a um publicitário escroto que me perguntou: - Posso botar um cego?
  
Semana passada quem pagou mico foi a Pepsi. Lançou uma campanha, com aquelas gêmeas da natação. Quem comprasse uma garrafa de dois litros levava outra grátis. Parece que não acreditou na promoção e em poucas horas não havia mais nenhuma Pepsi nas gôndolas. Um supermercados, para evitar levar a culpa pela falta do produto começou a dar Coca Cola. Ou seja: na compra de uma Pepsi você ganha uma Coca. É um bom negócio. Já que a Pepsi não é essa Coca Cola toda.