Li em algum lugar que mais de um milhão e meio de camisinhas foram distribuídas no Carnaval baiano. Levando-se em conta que este era o número de foliões nas ruas, segundo aferição dos organizadores, significa dizer que minha mãe deu, minha irmã deu, minha vizinha não deixou de dar e aquele meu conhecido se deu bem; e só eu fiquei chupando dedo vendo Rita Batista na Band; Ana Valéria, Katia Guzzo, Patrícia Nobre e Wanda Chase na Globo e Roberto Carlos na Sapucaí, sentado de cuecão no sofá e tomando água tônica com gim. Só lascando o fígado.
Também vi que querem f..., quero dizer fornicar - como manda escrever os bons costumes – com o pobre do Berlusconi. Na verdade, se o primeiro-ministro for condenado por gostar de sexo, será uma injustiça. Vocês viram o tamanho da Lolita que ele levou para fazer Bunga-Bunga? Não estou aqui, minha cara senhora, fazendo apologia à pedofilia, mas a literatura clássica é farta em casos de consentimento.
A garota é um mulherão e pensa com todas as maldades do mundo. E, se ele for condenado por tanto Bunga-Bunga que praticou, ali está um Superman ou um viciado na azulzinha. Já era para estar morto de parada cardíaca.
Toda prostituta italiana ou brasileira que vai dar na Itália garante que deu para Berlusconi. Se for assim o cara é um animal.
Meu amigo Zé, que é riquíssimo e feliz proprietário de isopor, cadeiras e sombreiros no Porto da Barra, me contou que uma moça de programa de apenas 16 anos de idade, que está em Roma desde os 14 anos, contou que esteve lá no palácio alugado pelo líder italiano numa orgia de mais de uma semana. Coisa que um travesti disse que também tinha feito. Dois profissionais mais feiosos que pinaúna. Que homem é esse, o Berlusconi!
Ele deveria fazer propaganda de Viagra, Cialis, Vasoviril, Pramil e todos os genéricos paraguaios que são vendidos na Feira de São Joaquim. Lá em Luanda, eu vi, as pílulas made in Nigéria são vendidas fracionadas. Pode acreditar. O vendedor aparece no meio do engarrafamento e oferece Viagra por quatro dólares. Se o comprador quiser, ele corta no meio e vende por dois dólares. O cara pelo menos vai dar uma meia bombada. Até para se dar bem na cama tem de ter grana. E, se você leitor, quiser comprovar que a pílula nigeriana faz efeito, ele toma, você espera 20 minutos e ele mostra. Aí sim, você vai ver a coisa preta. Mas, não se entusiasme não. É só business.
Já imaginou: você chega para a moça no motel e diz:
- Só tem combustível para meia Bunga,Bunga.
Ela: até nisso você economiza? Poxa, amor!
Antigamente orgia era chamada de bundalelê. Qualquer coisa que fosse demais, em excesso, principalmente se envolvesse sexo, era assim classificado. Hoje uns chamam de reggae, suruba ou de rave, e agora surge o termo berlusconiano, coisa que veio lá da Ásia. Mas, na verdade, o termo pode ter origem na festas coletivas de Roma antiga, quando os velhos reuniam as moçoilas para uma apresentação apimentada e caiam de boca, literalmente. Os imperadores adoravam e eram glorificados. Quanto mais, melhor.
Depois do advento da Aids, as surubas caíram de moda no Brasil. Parece até que ficamos tão moralistas quanto os italianos. Se bem que eles são só assim lá no país deles. Veja o que os caras fazem em Salvador e no Rio de Janeiro. Todo dia tem italiano na polícia envolvido com prostitutas. Eles fazem grandes bunga-bungas do Pelourinho a Praia do Forte, dando um salto na Barra e seguindo pelo Rio Vermelho e Pituba. Tem hotel na Barra que só aceita italiano doido. Conheço vários.
Aliás, também sei de um italiano que gosta de bunga-bunga mas é todo atrapalhado. Chegou à Bahia nos anos 80 , entrou numa suruba, se apaixonou por uma das garotas que tinha apenas 14 anos e a levou para morar com ele na Piazza Celiatrice. Ela o trocou pelo primo. Ele voltou e casou com a irmã dela que tinha 16 anos e foi para a Itália. Ela se mandou com um espanhol. O cara não se conformou, voltou para Salvador e se amigou com uma prima delas. Resultado: a moça se mandou com um gerente de loja de cachorro-quente e ainda limpou suas gavetas. Botou pra bungar.
Berlusconi diz que é um homem comum, que peca como qualquer um. É verdade. O chato num bunga-bunga é se alguém passa a mão na bunda. Vá dar dedada na mãe.