As apresentações no Brasil acontecerão em Brasília (CCGU, 26 de novembro), Rio de Janeiro (Cidade das Artes, 30 de novembro e 1º de dezembro) e São Paulo (Teatro Bradesco, 3 e 4 de dezembro).
Embora a Companhia Nacional da Ópera de Pequim tenha sido fundada em 1955, a Ópera de Pequim, também conhecida como Jingju, é uma forma de arte tradicional chinesa, com raízes no século XIII.
Combinando uma mescla de diferentes expressões artísticas, como música, dança, teatro, recitação, acrobacias e até artes marciais, ela começou como uma forma de entretenimento popular, e durante a Dinastia Ming se desenvolveu de forma mais sofisticada, ganhando popularidade entre a elite e se tornando uma importante parte da cultura do país.
Atualmente, a Ópera de Pequim é reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, e a companhia é reverenciada em todo o mundo como um baluarte na preservação e divulgação dessa forma única de arte.
Com um repertório de mais de 500 peças, oriundas da história, do folclore e da cultura chinesas, a companhia abriga em seus quadros os mais consagrados artistas, dramaturgos, encenadores e compositores do país, moldando um repertório que também é amplamente reconhecido no exterior.
Em sua passagem pelo país em novembro, a companhia trará ao Brasil um espetáculo único, que reunirá diferentes peças de seu repertório, como “A Encruzilhada” (“The Crossroads”, um famoso repertório de dramas de combate, é um trecho da Saga do Yang); “Donzela Celestial Espalhando Flores” (“Heavenly Maid Scattering Flowers”, história em que Buda ordena que a donzela celestial espalhe flores no quarto de um santo budista para testar sua fé); “Roubando a Erva” (Stealing the Herb”, que faz parte de “A Lenda da Cobra Branca” e se baseia em uma antiga lenda sobre uma cobra branca que se transforma em uma bela mulher e se casa com um mortal) e “Combate no Campo de Treinamento, Patrulhamento no Quartel e Exploração do Vale” (“Combat at Drill Ground, Patrolling in Barrack, Exploring Valley”, três peças contínuas de um dos programas clássicos da Ópera de Pequim – as Mulheres Generais da Família Yang).
A escolha das peças reúne o que há de mais tradicional no gênero, mas também um novo lado, que mostra a evolução da ópera para os novos tempos.