Educação

4 perguntas para fazer antes de colocar seu filho em uma escola

É preciso analisar e entender as necessidades individuais de cada criança

No Brasil, a Lei 12.796/2013 estabelece que as crianças devem ser matriculadas na escola a partir dos quatro anos de idade. No entanto, é bastante comum que pais e mães, especialmente aqueles de "primeira viagem", tenham dúvidas sobre colocar ou não os filhos na escola na chamada "primeiríssima infância", que vai dos zero aos três anos de idade.

Apesar de não haver obrigatoriedade de matricular a criança nesses primeiros anos de vida, especialistas afirmam que o ambiente escolar a partir dos dois anos pode trazer inúmeros benefícios para os pequenos.

Para ajudar os pais a decidir se o filho deve ou não ir para a escola antes dos quatro anos, a coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Positivo - Joinville (SC), Karina de Oliveira de Braga, responde às principais perguntas que costumam passar pela cabeça de mamães e papais nessa fase.

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Existe uma idade considerada ideal para matricular a criança na escola? - De acordo com a coordenadora pedagógica, não é uma idade específica que vai definir o momento ideal da criança ir para a escola.

"É preciso, nesse caso, analisar e entender as necessidades individuais de cada criança, considerando sempre a rotina familiar, a rede de apoio, os estímulos oferecidos e a estrutura na qual a criança está inserida no contexto doméstico e familiar. É importante ponderar também que a socialização faz parte do planejamento educacional, considerando que a escola é um ambiente favorável para a ampliação do repertório, desenvolvimento emocional, cognitivo, físico e social", explica.

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Os pais precisam retornar ao trabalho; assim, é seguro enviar um filho tão pequeno para uma escola? - A educadora reforça que a escola é um ambiente seguro, acolhedor e que está sempre pronta para atender às necessidades das crianças e proporcionar o desenvolvimento esperado para cada fase.

"Nesse contexto, é muito importante que os pais considerem que a escolha desse espaço fará toda a diferença na vida da criança e da família. É preciso optar por uma escola que vá de encontro aos valores e às expectativas dos pais. Nesse processo, deve-se observar alguns fatores importantes como receptividade, acolhimento, estrutura, segurança, equipe docente, forma de comunicação entre escola e família, e, acima de tudo, os princípios defendidos pela escola, que devem estar alinhados com os dos pais."

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Que sinais devem ser observados na criança para determinar se ela está pronta para ingressar na escola? - Karina explica que, quando se trata do desenvolvimento infantil, é importante observar as necessidades e o comportamento da criança.

"A busca pelo novo, o interesse que ela demonstra em determinadas situações (pontuais ou não), ou então a falta de interesse, o desenvolvimento físico, as habilidades adquiridas ou ainda o temperamento e o uso que a criança faz dos diferentes tipos de linguagens são sinais que precisam ser considerados. É importante observar se a criança, em casa, é estimulada em todos os aspectos sociais e cognitivos, bem como as reações que ela apresenta nas pequenas ações do dia a dia", ressalta.

Alguns exemplos do que devem ser observados são: se a criança se alimenta com ou sem auxílio, como ela já se comporta em relação às práticas de higiene, se toma a iniciativa para iniciar as brincadeiras, se há potencial de criação e exploração nos momentos livres e capacidade de corresponder ao que é solicitado.

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No caso de pais que optam por enviar para a escola apenas aos quatro anos, existe a possibilidade de o filho chegar à escola em desvantagem em comparação com crianças que frequentam a escola desde bebês? - Segundo a coordenadora, a obrigatoriedade, por força de lei, de a criança frequentar uma escola a partir dos quatro anos, se dá devido à importância do estímulo social, emocional e de aprendizagem que as escolas oferecem.

"Toda criança, em algum momento, deve ser exposta a esses estímulos. Aqueles que frequentam a escola antes dos quatro anos certamente vão possuir maiores estímulos, habilidades e maior capacidade de socialização", afirma.