Política

Presidente Lula e ex-presidente Bolsonaro têm cirurgias marcadas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser internado na segunda-feira (11 de setembro)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará por cirurgia no quadril em outubro. Em julho ele chegou a fazer um procedimento de infiltração, para aliviar as dores na região.

Lula tem artrose na cabeça do fêmur, que é o desgaste na cartilagem que reveste as articulações, e vem se queixando de dores com mais frequência.

"Eu vou parar porque, eu quero confessar, essa dor dói de dia, dói sentado, dói em pé, dói deitado, e não tem remédio. O remédio é operar", afirmou durante cerimônia de inspeção de obras da transposição do Rio São Francisco, no Rio Grande do Norte.

Lula explicou que a última viagem que fará será ainda em setembro, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e do encontro do G77 (coalização de 134 nações em desenvolvimento da qual o Brasil faz parte), em Cuba. Antes disso, ele ainda vai à Índia para a Cúpula do G20.

O último compromisso em Brasília será a recepção ao presidente do Vietnã, no dia 26 de setembro, e depois o presidente dará uma pausa nos compromissos esse ano para fazer a cirurgia e a posterior recuperação.

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), o quadril é uma articulação formada por um conjunto de ossos, músculos e ligamentos que unem a pelve (bacia) ao fêmur (coxa), possibilitando a sustentação de peso do corpo e garantindo um caminhar estável e harmônico. 

A cirurgia a que Lula será submetido, chamada artroplastia do quadril, substitui a articulação do quadril “doente” por uma articulação artificial, conhecida como prótese. A articulação desgastada é substituída por componentes metálicos e plásticos, compondo um novo quadril. 

Ainda segundo o Into, o procedimento deve proporcionar o alívio da dor provocada pela artrose; a correção de deformidades; e a recuperação do movimento da articulação, promovendo o retorno às atividades diárias e de locomoção, como sentar, andar, subir e descer escadas. 

Após a cirurgia, o paciente pode precisar utilizar muletas ou um andador, além de realizar exercícios específicos de fisioterapia, a serem repetidos de hora em hora para que os movimentos do quadril sejam reformados. 

Ao andar, a orientação é que o paciente coloque primeiro o andador ou as muletas à frente; avance com a perna operada; apóie o peso do corpo nos braços; e, por último, leve a perna não operada. A quantidade de peso a ser colocada sobre a perna operada dependerá do tipo de cirurgia e será orientada pelo ortopedista e pelo fisioterapeuta. 

No dia da alta hospitalar, é esperado que o paciente esteja sem dor, consiga andar com o auxílio de muletas ou de andador e que tenha consciência de todos os movimentos que não poderá realizar durante o período determinado pelo ortopedista. Seguindo os devidos cuidados, segundo o Into, o paciente deve retomar as atividades normais com independência e sem dor. 

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser internado na segunda-feira (11 de setembro) para realizar duas cirurgias na região intestinal, onde levou uma facada durante um ato de campanha em setembro de 2018.

Os procedimentos têm como objetivo corrigir uma hérnia de hiato (espécie de protuberância no estômago) e tratar de alças intestinais, e ambos serão conduzidos pelo cirurgião pessoal de Bolsonaro, Antonio Macedo, no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, segundo o portal Metrópoles.

Auxiliares de Bolsonaro informaram que, caso os procedimentos corram bem, ele deve fazer uma terceira cirurgia para corrigir um desvio do septo, mas ainda não há data fixada.

O ex-presidente de extrema direita já fez uma série de exames preparatórios para as cirurgias na semana retrasada no Vila Nova Star.