O preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras subiu de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, nesta quarta-feira (25 de janeiro), um aumento de 7,46%.
É o primeiro reajuste de preço no governo Lula (o preço do combustível não subia desde junho de 2022). O último reajuste da Petrobras para a gasolina havia sido uma queda de 6,11%, em 7 de dezembro do ano passado.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.
O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, considera o aumento do preço da gasolina anunciado como insuficiente para que se abra uma janela de importação do combustível.
Nesta quinta-feira, o Conselho de Administração da companhia vai se reunir para tratar da indicação do senador Jean Paul Prates (RN-PT)a para a presidência interina da companhia até a realização de uma assembleia geral, quando poderá ser formalmente nomeado para o cargo.
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, condena a política de preços dos combustíveis, de paridade de importação, baseada nas cotações de petróleo e no dólar, mas Prates já afirmou a jornalistas que não haverá intervenção nos preços dos combustíveis e que os valores serão vinculados ao mercado internacional "de alguma forma".
A política de preços da Petrobras tem como base dois fatores: a paridade com o mercado internacional - também conhecido como PPI e que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos.
Em nota, a Petrobras justificou o reajuste praticado nesta quinta-feira: “Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) responsabiliza o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo reajuste nos preços da gasolina .