Das primeiras coisas que eu gostava da China, quando criança, eram os pastéis chineses, os pãezinhos ao vapor e o porco doce-azedo. Depois vieram, para nosso deleite, os produtos “Xing-Ling” e quem comprava usava umas três vezes e mandava para o conserto em que ninguém nunca conseguia consertar.
Lembro quando os chineses permitiram que muita gente tivesse renda com a instalação das famosas casas de venda de produtos de R$ 1,90. Foi uma festa e comprei até mesmo um relógio, que esqueci ser made in China e entrei no mar.
A China disputando com os coreanos para ver quem inundava o mundo de quinquilharias. Hoje a China não quer mais vender bugigangas. Vende é tecnologia de ponta.
Mas nos últimos anos a China tem exportado é preocupação, notadamente na área da saúde. Tudo está vindo de lá, parecendo que os deuses elegeram a joia do oriente para espalhar o caos e o pânico e anunciar o armagedon. Sars, gripe aviária e coronavírus. Virou berço das epidemias.
E o coronavírus querendo, por estar querendo, ficar agoniando os chineses, sem trégua, se renovando, criando novas características e colocando o planeta permanentemente com as orelhas em pé.
A China é palco de semelhanças desde a Idade Média, pois foi de lá que saiu uma epidemia de cortar os pulsos. A peste bubônica, cuja bactéria era transmitida ao ser humano por pulgas que infestavam ratos e outros roedores, foi “exportada” e foi o que se viu.
Ela invadiu a Europa em 1343, seguindo pela Rota da Seda. Essa mesmo que a China vem querendo ressuscitar e que foi palco de muitas tragédias, belos romances e excelentes filmes.
A bubônica matou cerca de 75 milhões de pessoas. Acredite que era relativo a 15% da população mundial estimada na época. Mas não é que os chineses façam isso por serem maus, conforme assegura ou assegurava nosso presidente da República e seus rebentos.
A questão é que a China é o mais populoso país que existe e também é imenso em sua conformação geográfica. Daí surgem coisas que são de arrepiar.
E os especialistas em botânica, infectologistas e outros cientistas garantem que existem por lá coisas que estão para sair, bastando serem desentocadas. A China ainda é segredosa até para os chineses.
Tanto que nesse momento ela já relata o primeiro caso humano de gripe aviária H3N8. Os especialistas garantem ser baixo o risco de transmissão para outras pessoas. A infecção foi descoberta em um menino de 4 anos da província central de Henan, que havia desenvolvido febre e outros sintomas.
Nenhum contato próximo foi infectado com o vírus, afirmou a Comissão Nacional de Saúde em nota. O noticiário diz ainda que a criança havia tido contato com frangos e corvos criados em sua casa e que a variante H3N8 foi detectada anteriormente em outros lugares do mundo em cavalos, cachorros, pássaros e focas, mas nenhum caso de H3N8 em humanos havia sido reportado.
Bom saber que várias variantes diferentes de gripe aviária estão lá na China. Vez em quando alguma se manifesta e infectam pessoas, normalmente os mais suscetíveis que trabalham com aves.
No ano passado a China reportou o primeiro caso de H10N3 em humanos. O país tem uma imensidão de populações de aves selvagens e outras criadas aos montes para consumo. O ambiente é ideal para vírus sofrer mutações. Made in China.