A Comissão Europeia apresentou um projeto para que as empresas de tecnologia que produzem equipamentos eletrônicos como celulares, câmeras, entre outros, tenham um carregador de bateria padrão como forma de reduzir o lixo eletrônico.
A ideia é que todos os equipamentos usem o padrão de conector USB-C até 2023, além de proibir que as empresas vendam cabos para cada equipamento novo.
Segundo as estimativas da Comissão Europeia, "a redução da produção e do envio dos novos carregadores de bateria reduzirá a quantidade de lixo eletrônico em quase mil toneladas por ano" e contribuirá para que os consumidores "economizem 250 milhões de euros por ano com a compra de carregadores de baterias não necessários".
"Nós demos à indústria todo o tempo do mundo para encontrar as próprias soluções. Agora, esse tempo já amadureceu para uma ação legislativa para um carregador de baterias único", disse a vice-presidente da Comissão, Margrethe Vestager, ao anunciar o projeto.
Para o ministro europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, o plano é uma "vitória importante" para os europeus e para o meio ambiente e que a proposta é "um passo importante para aumentar a praticidade e reduzir o desperdício".
Além do uso de um carregador padrão, Bruxelas quer "harmonizar" a tecnologia de carregamento rápido para garantir a mesma velocidade de recarga em diversos aparelhos.
Apple
Em nota, a Apple, que não usa esse tipo de entrada, afirmou que está "preocupada que uma regulamentação severa, que imponha um único tipo de conector, sufoque a inovação e a também a desencoraje". Para a empresa, a medida "danificará os consumidores da Europa e do mundo".
"Nós nos empenharemos com as partes interessadas em encontrar uma solução que proteja os interesses dos consumidores, bem como a capacidade do setor de inovar e levar novas tecnologias aos usuários. Compartilhamos o compromisso com a proteção do ambiente e já somos 'carbono neutro' para todas as nossas emissões empresariais em todo o mundo e, até 2030, cada dispositivo Apple e sua utilização serão 'carbono neutro'", acrescentou a empresa.