A Edição Especial da FLIPELÔ, versão online da Festa Literária Internacional do Pelourinho, realizou, através do YouTube, 45 horas de programação que resultaram em mais de 16 mil visualizações por mais de 6.400 pessoas.
Milton Hatoum, autor de 'Dois Irmãos', foi um dos escritores que se apresentou no evento
Com 100 participantes, entre escritores e artistas da música e do teatro, a FLIPELÔ foi assistida por pessoas na América do Sul, Europa e África, durante o período de 10 a 13 de dezembro.
14 livros foram lançados através do instagram e do YouTube, sem contar os que foram lançados pelos participantes das mesas e pelos contadores de histórias. No YouTube foram 1700 inscritos e mais de 1.100 comentários de interação ocorreram.
“Estamos felizes com o resultado. Foi preciso reinventar e deu certo! A FLIPELÔ é mágica e os números revelam que as pessoas estão ávidas por ouvir o que temos a dizer. Que em 2021 possamos ter uma Festa presencial novamente, não esquecendo que a tecnologia nunca mais saíra da pauta”, celebra Angela Fraga, coordenadora geral da festa literária e diretora da Fundação Casa de Jorge Amado que realizou o vento juntamente com o Sesc.
O formato digital revelou também o comportamento de navegação do público: 68% dos acessos foram feitos por celulares, 16% pelo computador, 15% pela TV e 1% por tablets, o que facilitou a participação e compartilhamento por redes sociais.
Vanessa de Jesus Souza, de 11 anos, moradora do bairro de Fazenda Coutos, assistiu na TV da sala a programação infantil, mas gostou tanto que acabou por acompanhar parte da programação para adultos com os escritores e viu o show de encerramento, com a banda Olodum.
Nas 12 mesas, temas variados atraíram público de diversas idades e autores de projeção internacional participaram discutindo a importância da literatura para o mundo. Cida Pedrosa, vencedora do Prêmio Jabuti em 2020 com “Solo para Vialejo”, nas categorias Poesia e Livro do Ano, participou da mesa Poesia Épica dos Brasis: o Longo Fôlego na Contemporaneidade.
“Adorei ter participado e encerrar as mesas literárias, dividindo com Mailson, outro sertanejo que ganhou o grande prêmio com um poema longo feito o meu, e com a mediação de José Inácio. É um encontro que por si só já é importante e eu acho que rolou uma conversa muito bacana, muito fluida e acho que esta festa é linda. Vida longa para ela, quero sempre participar."
De Luanda, em Angola, a atração internacional do evento, o escritor angolano Pepetela revelou o que achou de participar : “eu gostei muito desta participação na FLIPELÔ, da mesma maneira que eu gosto sempre muito de falar para o povo brasileiro, porque nós somos povos irmãos, sem dúvida alguma, e gostamos muito de falar uns para os outros, particularmente para a Bahia.
Pepetela declara que acredita que é muito importante haver este tipo de festivais literários e que em breve conseguirão realizar um em Angola.
“É importante ouvir escritores de outros países, particularmente daqueles que nos dizem alguma coisa, que estão próximos, que falam a mesma língua com sotaque diferente. Muito obrigado pelo convite, foi um grande prazer participar da FLIPELÔ, estamos juntos!, declara ele entusiasmado.
A Edição especial da FLIPELÔ - Festa Literária Internacional do Pelourinho em 2020 homenageou o próprio Pelourinho e foi uma realização da Fundação Casa de Jorge Amado, em correalização do Sesc e com a produção da Sole Produções.
Teve patrocínio do Instituto CCR, Banco do Nordeste/Governo Federal, Itaú Social, Bahiagas e apoio da ITS Brasil, Rede Bahia, Prefeitura de Salvador, Governo da Bahia, do Shopping da Bahia e da Academia de Letras da Bahia.