Uma das surpresas do fim da disputa eleitoral do Recife, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) envolveu-se em mais uma polêmica e afirmou que o PSB contratou quatro de seus ex-assessores, exonerados por 'desvio de conduta'. Nesta terça-feira (24), o pedetista evidenciou ainda mais a distância entre suas posições e as do próprio partido, que integra a chapa da situação.
Desde que decidiu apoiar Marília Arraes (PT), Túlio tornou-se um dos principais personagens da turbulenta eleição à Prefeitura do Recife. Em uma publicação, o deputado interroga seus seguidores. "Você sabia que quatro ex-assessores meus afastados e exonerados por desvio de conduta moral foram contratados pela atual gestão do PSB?", e complementa, "Recife não é para amadores". Túlio não citou nomes ou deu detalhes sobre quem seriam tais assessores.
Desalinhado com o PDT, que cancelou sua candidatura majoritária e achou uma brecha na chapa de João Campos (PSB) para incluir Isabella de Roldão como candidata à vice prefeita, Túlio acusa o partido da situação de construir a campanha em cima de fake news.
Como antagonista, ele garante que a estratégia de usar mentiras para conquistar a prefeitura lhe motiva contra os adversários. "Trabalharei com mais afinco pela vitória de Marília", publicou em nota para desmentir um áudio em que conversa com a petista sobre a prática de ‘rachadinha’ para financiamento de campanha.
Ainda nessa segunda (23), o deputado lançou uma bomba e, mesmo sem provas, afirmou que o PSB buscou sua equipe para "negociar" seu silêncio. A questão foi negada pelo chefe de gabinete, que pediu demissão após a exposição.