A farmacêutica Pfizer e a empresa alemã BioNTech iniciaram nos Estados Unidos as fases 2 e 3, ao mesmo tempo, de sua vacina candidata contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O estudo nas duas fases terá a participação de cerca de 30 mil pessoas com idades entre 18 e 85 anos e testará tanto a eficácia como o nível de segurança da imunização. Os testes começarão nos EUA, mas devem ser levados a outros países em breve. O Brasil já anunciou que fará parte da pesquisa.
No anúncio, a Pfizer e BioNTech anunciaram que optaram pela BNT 162b2 como sua candidata mais promissora, descartando os testes em larga escala da BNT 162b1.
Segundo o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, a escolha foi feita porque a primeira apresentou uma melhor "avaliação dos dados gerados até agora", mas que continuarão "a avaliar nossas outras vacinas candidatas como parte de um portfólio diferenciado das vacinas contra Covid-19".
As empresas anunciaram a capacidade de produção para 2020 de 100 milhões de unidades da vacina e, se funcionar, conseguirão fazer até 1,3 bilhão de doses em 2021. Os Estados Unidos e o Reino Unido já anunciaram acordos para a compra da imunização.
Por conta da gravidade da pandemia do coronavírus, diversas empresas estão optando por acelerar as duas fases finais de testes o que, em um procedimento normal, seriam realizadas de maneira separada.
Além da BNT 162b2, há outras cinco avançadas e na fase 3 - entre as mais de 100 imunizações desenvolvidas ao redor do mundo.
A mRNA-1273, da norte-americana Moderna e do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), a ChAdOx1 nCoV-19 da Universidade de Oxford e da AstraZeneca, a Ad5 nCoV, da chinesa CanSino e da Academia de Ciências Militares da China, a CoronaVac, da chinesa Sinovac Biotech, e uma vacina desenvolvida pela Universidade de Sechenov, da Rússia, estão nessa última fase de testes.