Boa Notícia / Brasil / Saúde

Brasil é país com maior número de recuperados da Covid no mundo

Primeira posição era ocupada pelos Estados Unidos

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o país com maior número de pessoas recuperadas de covid-19 no mundo, informa a Universidade Johns Hopkins, que tem monitorado a pandemia do novo coronavírus em parceria com órgãos equivalentes ao Ministério da Saúde em todos os países.

O painel da Johns Hopkins mostra, no momento da reportagem, que o Brasil contabiliza 660.469 pacientes recuperados, enquanto os Estados Unidos somam 656.161. A Rússia está em terceiro lugar e registra 374.557 pessoas que foram contaminadas, mas não apresentam mais sintomas da doença.

Lançado em 22 de janeiro de 2020, o painel dinâmico mantido pela universidade recebe dados médicos de todos os 188 países signatários da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de vários centros secundários de atendimento médico.

Os números são atualizados constantemente. “A disponibilidade de dados epidemiológicos precisos e robustos em uma epidemia é um guia importante para decisões sobre saúde pública. O arquivamento consistente de informações é importante para entender a transmissibilidade, o risco de alastramento geográfico, as rotas de transmissão e os fatores de risco”, afirma o artigo científico que explica o funcionamento da ferramenta, publicado na revista médico-científica britânica The Lancet.

Contaminações

O mapa mostra também que São Paulo é o segundo estado mais afetado do mundo, com 238.822 casos confirmados de covid-19. Em primeiro lugar, aparece é Nova York, que tem 390.415 pessoas contaminadas com a doença.

De acordo com o levantamento da Johns Hopkins e a evolução do novo coronavírus, o mundo deve ultrapassar a marca de 10 milhões de casos confirmados nos próximos dias. O número de mortes também cresce no mesmo ritmo, com 484.155 registradas até o momento em decorrência de complicações geradas por covid-19.

Os Estados Unidos lideram em número de testagens. Segundo o painel de dados da universidade norte-americana, mais de 28,5 milhões de testes já foram realizados. O estado da Califórnia é o primeiro, com 3,6 milhões de pessoas já testadas. Nova York, o estado com maior número de casos de covid-19 no mundo, fica em segundo lugar, com 3,5 milhões de testes realizados.

Ações contra a Covid

O Ministério da Defesa apresentou hoje (25) balanço das ações promovidas na missão das Forças Armadas de apoio a iniciativas de prevenção e combate à epidemia do novo coronavírus. Segundo o órgão, os militares auxiliaram em frentes diversas, como logística, produção de medicamentos, fabricação de equipamentos de proteção e apoio a populações indígenas.

A operação específica no combate à covid-19 foi iniciada no dia 19 de março, oito dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia mundial envolvendo o novo coronavírus. Foi organizada atuação juntamente a órgãos federais e assistência a estados e municípios por 10 comandos integrados à iniciativa.

Segundo o Ministério da Defesa, a operação mobilizou mais de 30 mil militares. Destes, 20 morreram em função da covid-19 e 7,2 mil foram infectados ao longo do período. No total, foram realizadas mais de 1 mil horas de voo, em viagens para objetivos como o transporte de insumos e medicamentos. Por via rodoviária, foram carregadas 15 toneladas de insumos durante o período.

As Forças Armadas distribuíram 572 mil kits de alimentos a pessoas de menor renda e reforçaram 2,5 mil barreiras sanitárias, adotadas em diversas cidades como forma de evitar a circulação de pessoas diante das medidas de distanciamento social.

Além disso, o Exército contribuiu para o direcionamento da estrutura de produção tanto para a fabricação de insumos e equipamentos de proteção individual quanto para medicamentos. Foram elaboradas 263 mil máscaras cirúrgicas para profissionais de saúde.

Já na área de tratamento, o Exército ampliou a produção de cloroquina. De acordo com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, 1 milhão de unidades, que seriam destinadas originalmente para utilização no combate à malária, já tinham sido fabricadas.

“Recebemos mais insumos, aumentamos a produção e estamos com capacidade de mais de 1,8 milhão [de unidades], mas não distribuídos ainda. Exército não está fazendo de agora, ele aumentou a fabricação”, afirmou Azevedo em resposta a perguntas de jornalistas se o trabalho havia sido encomendado a partir da política do governo de adotar a substância.

A atual gestão do Ministério da Saúde, comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello, mudou o protocolo para que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam recomendadas como alternativa a pacientes com covid-19 também em casos leves, além de ter passado a distribuir o medicamento por meio do Sistema Único de Saúde.