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Robert Scheidt será primeiro brasileiro em 7 olimpíadas

Bicampeão olímpico carimbou o passaporte nesta quinta-feira (13)

Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, e 14 títulos mundiais, Robert Scheidt confirmou, nesta quinta-feira (13.02), a vaga na equipe nacional que vai competir nos Jogos Olímpicos do Japão. A classificação veio quando ele garantiu vaga na flotilha que brigará por medalhas no Mundial da Classe Laser, disputado na Austrália.

Com o feito, Scheidt derruba mais um recorde em sua carreira, marcada por títulos em 181 campeonatos (89 internacionais e 92 nacionais). Ele irá se tornar em Tóquio o primeiro brasileiro a competir em sete edições dos Jogos. O bicampeão olímpico tem índice para disputar a Olimpíada de Tóquio desde o ano passado, mas precisou confirmar a vaga no Sandringham Yacht Club, em Melbourne.

Ao se classificar para a flotilha ouro no Mundial da classe Laser 2020 e seguir como único brasileiro na luta pelo pódio, Scheidt não pode mais perder a vaga na delegação que vai competir no Japão. Apresentando evolução dia a dia, ele cruzou a linha de chegada em 7° e 9° lugares nas duas regatas disputadas nesta quinta, subindo da 37ª para a 29ª colocação entre os 124 velejadores que disputam o Mundial.

Apenas os 42 melhores seguem na luta pelo pódio. O outro brasileiro na disputa, Gustavo Nascimento, ocupa o 84° lugar e vai disputar a flotilha bronze. De acordo com o critério da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Scheidt só perderia a vaga para os Jogos do Japão se outro atleta do Brasil subisse ao pódio no Mundial da Laser em 2020.

"Essa confirmação é importante, pois sigo trabalhando para evoluir constantemente nesse retorno à classe Laser após três anos de ausência. A competição é dura e o barco exige bastante da parte física, mas sigo motivado para elevar meu nível e lutar para fazer um bom papel em Tóquio. Seguirei para o Japão para lutar, e muito, por mais um pódio olímpico", afirma Robert Scheidt, ouro nos Jogos de Atlanta 1996 e Atenas 2004 na classe Laser, prata em Sydney 2000, na Laser, e Pequim 2008, na classe Star; e bronze em Londres 2012, na classe Star.

Classificado para a sétima Olimpíada, Robert Scheidt segue na disputa do Mundial focado em elevar seu nível competitivo visando uma boa participação nos Jogos de Tóquio, a partir de julho. Aos 46 anos, é um veterano diante de velejadores até 20 anos mais jovens em uma classe que exige muito do corpo. "A meta principal é a Olimpíada, mas vou lutar até o fim pelo pódio aqui na Austrália", diz o velejador.

Desafio olímpico

Scheidt retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio 2016, quando por pouco não chegou ao sexto pódio olímpico e terminou na quarta posição. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão, em julho.

Na volta à vela olímpica, Scheidt disputou outras três grandes competições. A última foi o Ready Steady Tokyo, no final de agosto de 2019, quando terminou em 10° lugar, chegando à medal race pela primeira vez desde que decidiu interromper a aposentadoria da classe Laser. Ele ficou próximo da regata da medalha no Troféu Princesa Sofia e na Semana de Vela de Hyères.