Uma das etapas mais temidas pelos candidatos em uma seleção de emprego é a dinâmica de grupo. Muitos não sabem a hora certa de falar, como se comportar e quais atitudes podem não ser bem vistas pelos recrutadores. Sem contar que a timidez e a sensação de ser o menos preparado para a vaga que os demais candidatos gera uma apreensão quando são convidados para participar das atividades.
O LeiaJá conversou com uma especialista em recursos humanos, acostumada a lidar com profissionais em dinâmicas de grupo e que traz algumas dicas de como se sair bem e conquistar a vaga.
De acordo com a psicóloga organizacional, Mônica Andrada, o objetivo da dinâmica de grupo é auxiliar as empresas na identificação dos candidatos adequados para determinado posto, conforme competências e habilidades explicitadas na ocasião. “Na maioria das vezes os candidatos não entendem o que é uma dinâmica e o que será avaliado nela, por isso ficam nervosos e ansiosos”, diz.
Confira
1 – Conhecer a empresa que pretende trabalhar
“É importante saber a história, a cultura, a missão, visão e valores”, afirma Mônica Andrada. A verdade é que os candidatos que chegam para seleção conhecendo o perfil da empresa já saem um ponto na frente, porque ele vai saber quais as características estão buscando para os profissionais que integram seu quadro.
2 – Prepare-se para o momento
Ser chamado para participar de uma seleção de emprego é o sonho dos mais de 12 milhões de desempregados do Brasil. Quando este momento chegar é válido dedicar um tempo na véspera da dinâmica para se preparar. Coloque em um papel os pontos que considera positivos e negativos da sua personalidade, sobretudo a profissional, além das habilidades e competências. Aposte no autoconhecimento. Na hora em que for perguntado sobre isso, tudo vai sair com mais naturalidade, visto que já estão claros na sua mente.
3 – Cuidados com a aparência
O dia da dinâmica chegou e sair de casa usando uma roupa adequada é fundamental. Mais uma vez, o candidato precisa conhecer o perfil da empresa. Neste momento vestir-se no estilo da empresa é o ideal. Organizações mais formais vão pedir sim uma vestimenta a caráter, como no caso de advogados. Já empresas de comunicação, tecnologia, telemarketing, por exemplo, não costumam ter tanto rigor com as roupas dos funcionários. Vale o bom senso em ambos os casos. A psicóloga Mônica Andrada orienta: “Homens, usem cores neutras; nada de gravatas "divertidas". Mulheres, usem mais terninho, cores neutras; nada de saias porque, na dinâmica, pode haver atividades que pedem liberdade de movimentos; proibido decotes e roupas justas”.
4 – Participe das atividades
Mesmo que o candidato seja uma pessoa mais retraída e tenha medo de falar em público, para que os recrutadores o conheçam é preciso que ele participe das atividades propostas. Não é se exibir ou apenas concordar com o que está sendo proposto ou dito, é interagir, realizar os pedidos e responder as perguntas, mesmo aquelas em que as respostas são voluntárias.
5 – Não assuma personagens
Esta dica é para os extrovertidos demais. Sempre vai existir no grupo aquele participante que constrange os outros por querer aparecer demais. Sempre tem algo a contar e mostra-se como uma pessoa que muitas vezes não é. Especialistas em RH reconhecem quando as pessoas estão assumindo personagens e contando mentiras. Para a psicóloga Mônica Andrada, as pessoas com esse perfil quebram o ciclo da dinâmica. “Participe das atividades com bom senso, sem exageros. O mais confiável é ser do jeito que é, sem máscaras”, orienta ela.
6 – Cuidado com o português
Um dos pontos mais negativos para um candidato é falar ou escrever errado. É necessário ter muito cuidado com o português. Isto não significa que utilizar palavras rebuscadas, sem saber o sentindo e colocação exatos, é visto com bons olhos. O ideal é utilizar as palavras corretamente, de maneira simples, objetiva e clara.
7 – Não se atrase
Foi convidado para uma seletiva? Preste atenção ao horário marcado. Pontualidade é uma das características mais admiradas por quem está responsável pelo processo. Melhor ser o primeiro do que chegar meia hora depois.
Para finalizar a psicóloga, que também é coordenadora de recursos humanos da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Mônica Andrada, deixa um conselho para quem já foi reprovado: “O importante é não desistir, entender os seus erros anteriores e melhorar da próxima vez. Mostrar autenticidade é o ponto chave”.