Jolivaldo Freitas

Piadas com o pó no avião de Bolsonaro

Foram tantas piadas interessantes que decidi fazer uma pequena relação

Não sou muito afeito às coisas da internet, e tenho de interagir diariamente por força da profissão, mas tenho de reconhecer que hoje o melhor do humor está justamente naquilo que as mídias sociais vêm gerando. Como agora no caso em que um dos aviões presidenciais carregava uma inusitada bagagem de cocaína.

Foram tantas piadas interessantes que decidi fazer uma pequena relação, com algumas delas, lembrando, antes de mais nada, que aviões militares sempre foram usados para traficar, isso desde que Santos Dumont ou os irmãos Wright inventaram de voar com um objeto mais pesado que o ar.

Uma das piadas mais interessantes é aquela que garante que com o flagra no avião reserva presidencial estava sendo descoberta a origem da expressão “Avião de carreira”. Outra diz que não era cocaína. O pó eram os restos mortais do governo Bolsonaro. Mais uma observa que alguém deve ter entocado um quilo da cocaína, pois ninguém compra exatos 39 quilos de alguma coisa. E outra piada garante que o pó é de Queiróz, assessor e amigo dos Bolsonaros.

Alguém fez uma conta e descobriu que com o dinheiro arrecadado na venda de tanta cocaína no mercado externo, daria para comprar sete tríplex como o de Lula no Guarujá. Um engraçadinho respondeu que dava para adquirir quase 58 milhões de garrafas de Caninha 51 no mercadinho da esquina. E por último alguém disse que o pó era de Bolsonaro, pois só assim para justificar ele ser tão doidão e sem noção.

Convenhamos que Bolsonaro tem feito mais estrago em um governo com meros seis meses de atuação do que fez Dom Pedro I em todo seu caminho de juventude extraviada, descabida e cheia de paroxismo. Não é possível que tudo aconteça com este homem e com sua família. Pessoal que anda em péssima companhia e que por isso dá margem para que seus inimigos políticos – que não são poucos – façam chacotas, gozações e no frigir dos ovos ameacem até com um impeachment.

As coisas acontecem com tanta sofreguidão de encontro aos Bolsonaros que não tem Paulo Guedes ou general Mourão que com toda simpatia que vêm angariando perante a opinião pública e à imprensa, consigam consertar. Veja que o Ibope acaba de dizer em pesquisa: que se somando os 32 por cento daqueles que acham seu governo ruim e 32 por cento de quem acha péssimo dá um total de 64 por cento de brasileiros que acham que Bolsonaro não diz para que veio.

Ocorre que ele mesmo já disse, num momento de tocante clarividência e eloquente desabafo que não nasceu para ser presidente. Foi uma aventura que deu certo. Uma viagem. Cheia de larica.