Moradores da Ladeira da Barra estão apelando mais uma vez para a Prefeitura, Semop, Sesp, Transalvador e Vigilância Sanitária a irem fazer uma visita de “cortesia” ao restaurante de nome Ergeu, que fica no meio do trajeto.
Antes mesmo de ser inaugurado numa área que a princípio não comportaria tal tipo de empreendimento, seus proprietários já tinham despertado a ira dos habitantes locais, a partir do momento em que, para implantação do projeto, do nada desapareceu uma imensa mangueira quase que centenária.
Dizem que da noite para o dia ela foi infectado por uma bactéria, vírus, um fungo de qualquer diabo e murchou. O povo até hoje não acredita. Pensam que a árvore foi mesmo... sabe-se lá o quê. Deixa.
Mas, desde que começou a funcionar os moradores dos edifícios nas proximidades, mesmo estando do outro lado da rua e aqueles de uma desacertada casa que fica junto do restaurante, vêm sofrendo de algumas formas absurdas. O restaurante colocou seu exaustor – pasme – do lado de fora da casa, por ser mais em conta, segundo disse um funcionário boquirroto, do que levar a estrutura da cozinha para as áreas do fundo, onde não existe nada a não ser uma área de matagal, um ermo.
Ocorrem duas coisas com este exaustor. O primeiro fato é que, talvez por falta de manutenção ou mesmo pela qualidade da peça, ele faz um barulho ensurdecedor, que é ouvido dentro dos apartamentos dos prédios próximos. Um morador dotado de um decibelímetro chegou a alguns metros e mediu à noite mais de 90 decibéis em alguns momentos do motor atuando. O pior é que o restaurante funciona todos os dias e noites e só fecha as portas depois da meia-noite. Aí esvai-se a Lei do Silêncio. Nos finais de semana não tem hora para terminar o atendimento.
O segundo fato é que o exaustor, por estar de cara para a Ladeira da Barra e não em áreas de fundo onde não iria incomodar ninguém, expele um nauseabundo olor de gordura. Quando o vento não sopra em direção ao mar, está parado ou sopra do mar para a terra é um horror dentro das residências: existe já até uma brincadeira de se tentar identificar o que está sendo cozido, mas no final o que fica é a maresia de gordura velha, acumulada e queimada continuamente.
O gerente da casa – pois preposto dos moradores já esteve procurando o proprietário de nome Bernardo, ligou, deixou recado, menos sinal de fumaça (pois não se fala em corda na casa de enforcado) e não obteve resposta – disse que a Vigilância Sanitária passou por lá certa vez, faz tempo e passou batido. Pois deve voltar, vez que de lá para cá o Ergeu não deve ter trocado os filtros do exaustor ou os filtros não estão funcionando a contento.
Na realidade não é a primeira vez que os moradores se queixam. Eu mesmo já havia tratado do assunto há mais de um ano comentando na Rádio Metrópole, mas os donos do negócio fazem (sem trocadilho) ouvidos de mercador. Enquanto isso, quem tem rinite fica pior. Quem quer sossego ouve o motor padecendo, como de trator quebrado. E fica aspirando olor insuportável. Como disse uma vizinha: - A gente está comendo sanduíche de queijo, mas com cheiro do peixe frito, da carne e do óleo que invade a casa. Mistura do Cão.
Daí que os moradores querem que a Vigilância Sanitária, Sesp. Semor, ACM Neto, Bruno Reis, Edvaldo Brito, Sidninho ou quem mais vier, ou vigia noturno deem uma chegada lá. Em nome de Nossa Senhora da Vitória e de Santo Antônio da Barra. Em nome de Oxalá.