Uma jornalista de 29 anos de idade foi morta durante um confronto em uma manifestação em Londonderry, na Irlanda do Norte.
De acordo com as primeiras informações, a repórter Lyra McKee estava cobrindo um protesto na noite de ontem (18) e foi atingida por tiros de armas de fogo.
McKee era considerada pela imprensa britânica uma promessa do jornalismo investigativo e tinha assinado um contrato para a publicação de dois livros com a editora Faber & Faber. Em 2016, foi inserida pela "Forbes" na lista dos 30 jornalistas com menos de 30 anos mais influentes na Europa.
O protesto teria começado após policiais fazerem uma operação de uma e apreensão em uma residência no conjunto habitacional Creggan Housin.
O jornal "The Guardian" ressaltou que a manifestação ocorreu no período de Páscoa, época em que republicanos celebram o aniversário da Revolta de Páscoa de 1916 e dissidentes organizaram atos pelas ruas. Um outro jornalista que estava no local relatou que McKee estava ao lado de um veículo da polícia quando foi atingida pelos tiros, disparados por uma pessoa com o rosto encoberto e que atacava os agentes.
O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani, pediu que as autoridades investiguem de maneira apropriada a morte da jornalista. "Não podemos aceitar que quem tem a função de informar e buscar a verdade pague com a própria vida", escreveu o político em sua conta no Twitter.
A polícia da Irlanda do Norte disse considerar como primeiro suspeito do assassinato o grupo republicano dissidente New Ira.
"Acreditamos que se trata de um ato terrorista levado adiante por violentos dissidentes republicanos", disse o vice-chefe da polícia local, Mark Hamilton.