O ministro da Justiça, Sérgio Moro, publicou em sua conta no Twitter uma série de comentários sobre manchete do jornal Folha de S.Paulo após pesquisa do Datafolha.
“Maioria é contra pontos-chave de pacote anticrime de Moro, diz Datafolha”, é o título de matéria publicada pelo jornal paulista. "Nenhuma das perguntas feitas na pesquisa diz respeito a medidas constantes no projeto de lei anticrime", disse Moro.
Segundo ele, nada há no projeto que defenda licença para policiais atirarem em inocentes ou mesmo em suspeitos ou que episódios assim não devam ser investigados. "Em nenhum lugar defende-se que pessoas simplesmente por estarem nervosas possam atirar em alguém e permanecer impunes."
Assinada pela jornalista Fernanda Mena, a matéria da Folha afirma que "as principais propostas do governo Jair Bolsonaro (PSL) para a segurança pública, boa parte das quais foi consolidada no pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, não contam com apoio da população".
O ministro considerou as pesquisas de opinião instrumentos importantes de auxílio na construção de políticas públicas e fez uma sugestão: "perguntar sobre a opinião das pessoas acerca da execução imediata da condenação criminal após julgamento por Corte de Apelação, um ponto fundamental do projeto".
Moro acusou "acusados poderosos" de manipularem o sistema de recursos com o objetivo de evitar punição "mesmo quando culpados".
Outra consulta a ser feita à população pelos institutos de pesquisa, de acordo com o ministro da Justiça: "se homicidas e feminicidas devem ser presos logo após a condenação por um Tribunal do Júri ou se devem esperar o trânsito em julgado, que pode levar 20 ou 30 anos".
Para ele, pesquisa mal feita "apenas reforça a necessidade de continuar explicando no Twitter o projeto de lei anticrime".