Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmam que atualmente, 5% da população brasileira sofre com problemas de incontinência urinária, e mais de 30% de alguma disfunção sexual. Esses e diversos outros casos também podem ocasionar alterações na região, seja pela anatomia do corpo, mudança de postura, perda de massa muscular, doenças crônicas, pós-operatório, entre outros fatores.
Considerada uma verdadeira malhação íntima, o pompoarismo é um verdadeiro exercício da musculatura íntima da mulher, para reforçar o assoalho pélvico, melhorando a percepção e fortalecer a região, além de aumentar o prazer na hora da relação, uma vez que atua em prol da recuperação e estímulo da libido, e trabalha as questões emocionais e físicas.
A técnica foi desenvolvida há mais de 1.500, conhecida pela população da Índia, Tailândia, Indonésia e outros países do Oriente, e aplicada uma vez por ano em rituais de fertilidade. Milenares, os movimentos são passados de geração para geração, e ganharam espaço em países do Ocidente, sendo recomendados por ginecologistas e fisioterapeutas.
Segundo a fisioterapeuta Nazete Araújo, para praticar o pompoarismo é necessário que a mulher tenha percepção desta região, o que pode ser facilitado com uso de acessórios como o colar tailandês e o ben wa . "Esse acessórios podem ser associados a exercícios na academia, na dança e demais atividades diárias, e podem ainda, ser utilizado em dias alternados. São pequenas cápsulas de formato anatômico, normalmente, contendo peças de pesos diferentes, que ao serem inseridos no canal vaginal, trabalham o estímulo necessário para a melhora da sensibilidade da estrutura pélvica”, revela a especialista.
A fisioterapeuta comenta ainda, que para praticar os exercícios com cones vaginais, é necessário fazer avaliação fisioterapêutica preventiva, específica dos músculos do assoalho pélvico para indicar o treinamento funcional, mais recomendado para cada situação.
“Quando alguém vai à academia, precisa ser avaliado para ver a capacidade de pesos que consegue carregar. Para uso dos cones vaginais, não é diferente, pois precisamos verificar a capacidade funcional muscular vaginal, uma vez que os acessórios têm pesos que variam de 20 a 70 gramas. Portanto, a avaliação fisioterapêutica preventiva, para o treinamento dos músculos do assoalho pélvico e a manutenção dos exercícios é primordial para manter asaúde íntima e o bem estar”, diz.
Indicação e benefícios
Os exercícios podem ser feitos por mulheres, a partir de 18 anos. O acompanhamento é considerado preventivo. “Toda mulher ao atingir a maior idade precisa fazer a avaliação do assoalho pélvico, de forma preventiva, uma vez que é um conjunto de músculos que têm a função de auxiliar na sustentação de alguns órgãos da bexiga, útero e intestino, por isso, se a musculatura não for estimulada, vai ficando flácida”, revela Nazete.
Os exercícios dos músculos circunvaginais são trabalhados de forma voluntária, ou seja, a mulher pode pensar e executar o movimento, e, é preciso estar concentrada na realização das contrações musculares.
Os exercícios podem ser executados com velocidade, coordenação e resistência diferentes, o que beneficia para fortalecer e controlar a região, evitar flacidez, prevenir queda de bexiga, incontinência urinária e fecal e prolongar o prazer sexual da mulher.
“É preciso que esses músculos estejam preparados para suportar as pressões e mudanças posturais, ou seja, tenham força, resistência e coordenação. Essas iniciativas só são possíveis através de treinamento”, conclui.