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Meditação combate ansiedade e pode ajudar contra obesidade

Pessoas que meditam apresentam um maior autocuidado

Foto: Pixabay/Creative Commons
O sucesso da meditação depende da incorporação da prática nos hábitos diários

Ainda alivia a ansiedade e o estresse e atuando sobre doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, doenças autoimunes, obesidade e depressão.

É o que explica a médica e professora de meditação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Maira Polcheira. “Pessoas que meditam apresentam um maior autocuidado, com melhora dos hábitos de vida, além de serem mais compassivas, mais cooperativas, menos reativas e mais felizes”, completa. A prática está disponível em vários lugares e é uma das 29 Práticas Integrativas Complementares, oferecidas pelo Sistema Única de Saúde.

Segundo a doutora Maira, no caso do Distrito Federal, não existem protocolos definidos quanto à indicação da meditação, mas afirma que é cada vez mais frequente a adoção da prática em consultórios médicos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, dentre outros. “A população também está mais receptiva para esta prática e tem buscado à meditação quando indicada pelo profissional, ou por vezes por amigos, colegas de trabalho, etc”.

“Entretanto, o sucesso da meditação depende da incorporação da prática nos hábitos diários, e muitos pacientes desistem porque não conseguem inseri-la na sua rotina”, ressalta Maira. Existem vários tipos de meditação com métodos e objetivos distintos, contudo pode-se dizer que tradicionalmente a prática é a arte de familiarizar-se com algo, no caso com a própria mente.

“É importante salientar que existem diversas modalidades de meditação laica e religiosa, e que a secretaria de saúde oferece apenas meditação laica, para evitar interferências culturais e de credo, esclarece Maira.

Práticas integrativas no SUS

Os tratamentos que utilizam recursos terapêuticos são baseados em conhecimentos tradicionais e científicos e voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão de forma complementar e integrada a medicina convencional. O Brasil lidera a oferta de modalidades integrativas na saúde pública com 29 práticas e 5 milhões de usuários em 9.350 estabelecimentos de 3.173 municípios.