Lílian Tosta Simplicio
A transição de carreira vem se tornando uma prática cada vez mais comum para aqueles que buscam mais autonomia, tempo e liberdade geográfica para trabalhar.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo LinkedIn, 75% dos profissionais no Brasil estão considerando a possibilidade de mudar de emprego.
No Brasil, 7,4 milhões de pessoas estavam trabalhando em locais alternativos, utilizando computadores e notebooks para realizar suas atividades, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo IBGE no último ano. Isso equivale à metade da população do estado da Bahia atuando fora do escritório.
A ascensão da economia do criador, também conhecida como "the creator economy", é um exemplo dessa mudança. Este novo modelo de negócio, impulsionado pela produção de conteúdo digital e pelo poder das redes sociais, tem o potencial de movimentar US$ 480 bilhões até 2027, de acordo com uma pesquisa da Goldman Sachs Research.
Além disso, a economia do criador está gerando milhares de empregos diretos e indiretos, oferecendo oportunidades para aqueles que desejam empreender no mundo digital.
Segundo Lílian Tosta Simplicio, educadora e especialista em transição de carreira, a busca por mais qualidade de vida e realização pessoal são fatores que impulsionam aqueles que buscam mudar de carreira.
"Não existe uma solução única para a carreira de todos, mas existem metodologias para que cada pessoa possa construir, no seu próprio tempo e com as ferramentas que possui, uma carreira mais alinhada com seu perfil, uma carreira que possa trazer mais sentido e realização", destaca Lílian.
A especialista, no entanto, recomenda cautela e organização para aqueles que desejam empreender através das redes sociais, ou na internet, “é necessário um planejamento estratégico para a execução das ações de transição para evitar frustrações, uma vez que muitos profissionais acreditam que podem fazer essa mudança rapidamente e sem preparo financeiro ou psicológico para a nova rotina”, reforça a especialista.