Saúde

Médica dá 5 dicas para uma vida saudável durante a menopausa

A idade média para entrar em menopausa é aos 48 anos

Foto: Pixabay/Creative Commons
A vida sexual e a vitalidade podem continuar na menopausa

“A menopausa é um marco na vida das mulheres, um processo natural que marca o fim da fertilidade. Ela ocorre devido a mudanças nos níveis hormonais, principalmente a diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona”, explica a ginecologista Ticiana Cabral.

Segundo o Estudo Brasileiro de Menopausa, realizado em 2022 com mais de 1500 brasileiras de todo o país, a idade média para entrar em menopausa é aos 48 anos. No entanto, estima-se que ela aconteça entre 45 e 55 anos de idade. Antes disso, por volta dos 40 anos, é denominada de menopausa precoce.

Com a baixa hormonal, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares e ósseas e surgem sintomas que variam de mulher para mulher: ondas de calor, insônia, palpitações, alterações na mucosa vaginal e nas mamas, perda de colágeno, incontinência urinária, síndrome da bexiga caída, irritabilidade e alterações de humor, ansiedade e depressão. Mas existem algumas medidas que podem ser adotadas de forma estratégica e integrada para promover uma menopausa saudável, como indica Ticiana.

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Dieta equilibrada

Com a menopausa, o cuidado precisa ser ainda maior com a alimentação saudável, pois a queda hormonal deixa a mulher mais exposta a problemas como colesterol alto, diabetes e doenças cardiovasculares, que também podem ser evitados com uma dieta equilibrada e menor ingestão de alimentos gordurosos e açúcares. 

“Consuma alimentos ricos em cálcio, como laticínios, para fortalecer os ossos, e invista em uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras pode ajudar a manter um peso saudável e preservar a massa muscular”, explica a médica.

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Atividade física - É muito importante proteger a saúde do coração com a prática regular de atividade física, principalmente na menopausa. Os exercícios também ajudam a fortalecer os músculos e prevenir a osteoporose, além de ajudar a equilibrar o metabolismo e melhorar os sintomas relacionados às alterações de humor, estresse, insônia e ansiedade, indica Ticiana. 

“O exercício pode ajudar a reduzir sintomas da menopausa, como ondas de calor, suores noturnos e alterações de humor, além de ajudar no controle do peso. Embora não elimine esses sintomas, a atividade física pode atenuá-los e melhorar a qualidade de vida de uma forma ampla.”

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Durma bem - A qualidade do sono durante a menopausa é frequentemente afetada, o que pode agravar outros sintomas e impactar negativamente a saúde geral.

A insônia e os distúrbios do sono são comuns nessa fase da vida devido às alterações hormonais, e a falta de sono adequado pode exacerbar os sintomas da menopausa, bem como aumentar o risco de problemas de saúde a longo prazo, como doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes.

“Dormir bem é fundamental para o equilíbrio hormonal, para a regeneração celular, para a saúde mental e para o bem-estar geral. Mulheres na menopausa devem priorizar a criação de um ambiente propício para o sono, adotando práticas de higiene do sono, como manter um horário regular para dormir e acordar, criar um ambiente de sono confortável e tranquilo, limitar o consumo de cafeína e álcool, e praticar técnicas de relaxamento”, comenta.

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Gerenciar o estresse - Além disso, a ginecologista conta que gerenciar o estresse é fundamental para a saúde e o bem-estar durante a menopausa, bem como em qualquer outra fase da vida.

“O estresse crônico pode agravar os sintomas da menopausa, criando um ciclo vicioso, e contribuir para problemas de saúde em geral que, sem o devido acompanhamento pode desencadear ansiedade e depressão. Apostar em técnicas de relaxamento, como meditação ou ioga, e contar com ajuda profissional podem ser indicados para algumas pacientes.”

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Terapia de reposição hormonal (TRH) - A terapia hormonal equilibra novamente os níveis hormonais, devolvendo ao corpo substâncias que já não estão sendo produzidas naturalmente e agindo diretamente na causa da maior parte dos problemas, salienta Ticiana.

“Um dos diferenciais da terapia está na habilidade em suprir da melhor forma possível as necessidades do organismo, buscando prevenir doenças, reduzir os riscos e promover mais qualidade de vida para a paciente por meio de soluções personalizadas. É uma alternativa para garantir mais qualidade de vida na menopausa e ainda melhorar a saúde íntima. No entanto, ela tem riscos e benefícios, por isso deve ser discutida com um profissional de saúde de forma individualizada.”