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4 dicas para quem tem (ou terá) filhote de cão ou gato em casa

Um guia para que a adaptação do cachorrinho ou gatinho seja tranquila

Foto: Mikhail Vasilyev | Unsplash/Creative Commons
A chegada de um filhote pet pode ser um grande mistério para as famílias

A cena já é conhecida por muitos: a família chega em casa com um cachorrinho ou um gatinho e a dúvida na hora aparece. O que fazer agora? Quem ainda não teve essa experiência, mas está prestes a adotar ou comprar um filhotinho, pode saber que é exatamente isso que acontece. Afinal, muitas são as dúvidas sobre como agir com um novo membro da família. Como ensinar a fazer xixi? E o sono? De quanto em quanto tempo come?

A veterinária Monica Carraro, da Organnact, traz dicas que vão fazer este momento único e especial. “Assim como a chegada de um bebê em casa, a chegada de um filhote pet pode ser um grande mistério para as famílias. Por isso, é importante seguir algumas orientações básicas que vão fazer deste um momento de segurança e tranquilidade para todos”, diz Monica.

Confira o que disse a veterinária:

1 – Prepare-se: deixe tudo pronto para este momento

Antes de qualquer coisa, é muito importante saber que ter um cachorro ou gato é coisa séria. Não basta querer, é preciso ter consciência que ter um animal de estimação demanda tempo, gastos, dedicação, disposição e, sobretudo, amor. Se você não está com tempo ou se está em dúvida sobre isso, pense melhor! Cachorros e gatos vivem uma média de 15 anos, e durante todo este tempo será preciso dedicação.

Dito isso, o primeiro conselho da veterinária é: vá numa pet shop antes mesmo de trazer o animal para casa. Caminha, um pote para água e outro para ração, uma fonte de água para gatinhos, brinquedos, caixa de areia, tapete higiênico, enfim. Não deixe tudo para a última hora, afinal, é importante que desde a primeira hora o pet já entenda que ali será seu novo lar.

2 – Alimentação: cultive bons hábitos

A gente sabe que a ansiedade rola solta quando um novo pet está para chegar em casa. Entre uma das coisas que as pessoas costumam querer ver logo o animalzinho fazendo é comer. Dá vontade de dar petiscos, comidinhas. No entanto, quando se fala de alimentação, é preciso tomar alguns cuidados. O primeiro deles é com a ração.

Caso o animal tenha sido adotado, é comum que ele estivesse sendo alimentado com uma ração específica no seu lar provisório. Por isso, antes de comprar uma ração qualquer, é preciso consultar um veterinário sobre qual o melhor alimento para o pet e então fazer uma troca de marca de forma gradativa.

“É muito comum os filhotes chegarem em casa e apresentarem diarreia, por exemplo. Isso acontece porque não há essa troca gradativa e o organismo do animal não identifica os nutrientes da nova comida, que tem componentes diferentes. Por isso, é legal nos dois primeiros dias colocar 25% da ração nova e o resto da velha e ir de forma gradativa até que no sétimo dia mais ou menos haja a troca completa”, explica Monica.

Para ajudar nesse processo de adaptação e na saúde animal como um todo, é possível intercalar a alimentação com o uso de suplementos, como é o caso da pasta probiótica, que mantém a flora intestinal do filhotinho. Ainda, a veterinária alerta para a importância de manter uma rotina com o pet desde o início.

“É muito importante que a ração não seja deixada o dia todo disponível, pois desta forma ela acaba perdendo nutrientes se fica o dia todo exposta. Para cachorros, o ideal é oferecer até 4 vezes por dia a ração, já para gatos, que costumam comer de pouquinho, é importante seguir a recomendação diária do rótulo do produto e ainda, utilizar brinquedos recheáveis, em que é possível colocar comida e ainda assim garantir a atividade que o animal necessita. Claro que vale também uma conversa com o veterinário para identificar quantidades adequadas de acordo com o porte de cada animal”, diz a veterinária.

Os petiscos funcionais também são uma boa pedida para os filhotes, até para serem oferecidos como reforço positivo. “É importante saber que tipo de petisco está oferecendo ao animal, afinal, alguns deles causam obesidade e possuem uma composição que não favorece a saúde animal. O petisco funcional é ideal para isso, pois contém nutrientes que vão auxiliar no bom desenvolvimento do filhotinho”, diz Mônica.

3 – O tão temido xixi e cocô

Nesse quesito, quem levou um gatinho para casa sai na frente. Os felinos costumam usar a caixa de areia sem problemas e, apesar de haver a questão da marcação de território – que pode ser resolvida com a castração – é uma adaptação tranquila. “Com os gatos não tem muito segredo. Basta escolher uma caixa de areia espaçosa, manter ela sempre limpa e longe da comida dos gatos”, diz a veterinária.

Já para quem tem um cachorrinho, é importante comprar tapetes higiênicos e, assim que ele chegar em casa, mostrar onde será o local de fazer xixi. “O estímulo positivo é sempre o que traz melhores resultados no treinamento. Alguns produtos podem ser grandes aliados nesse momento. Pingar algumas gotas no tapetinho vão deixar o local com cheiro de amônia, facilitando que o animal identifique o local correto para urinar”, diz ela.

“Nada de ficar brigando com o animal. Isso não adianta e ainda pode estressar o bichinho, que acabou de chegar em casa e precisa de carinho e segurança. É preciso paciência e fazer com que ele entenda onde é o local correto”, reforça Mônica.

4 – O desafio do sono

A regra é clara: se não quiser que o animal durma na cama é importante impor limites desde o primeiro dia. Não adianta achar que deixar dormir um dia ou outro vai fazer com que o cachorro entenda o que é certo e o que é errado. Pelo contrário, isso só vai deixar ele mais confuso. Por isso, se a sua ideia não é fazer cama compartilhada, compre uma caminha confortável, adequada para o porte do seu cachorro e ofereça reforços positivos sempre.

“Uma das coisas que a gente sempre recomenda também é não interromper o sono dos filhotes. Sabemos que ver um bichinho dormindo é a coisa mais linda do mundo, e a vontade de pegar no colo, dar um beijo, um aperto é grande. Mas é bem importante respeitar os momentos de descanso dos pets, pois ele é fundamental para o desenvolvimento”, finaliza Mônica.