Bahia

Produção industrial da Bahia tem o segundo maior crescimento do País

Em setembro, a indústria baiana voltou a crescer frente ao mês anterior (3,7%)

O crescimento veio após o resultado negativo de agosto (-2,6%).

A Bahia teve o 2º melhor resultado nesse indicador entre os 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE, ficando abaixo apenas de Pernambuco (3,9%).

Nessa comparação, o estado apresentou ainda um desempenho muito superior ao nacional, onde a produção industrial teve variação negativa (-0,4%). Apenas 6 locais dentre os 15 pesquisados apresentaram crescimento nesse confronto.

Apesar do resultado positivo na passagem de agosto para setembro, o setor fabril da Bahia seguiu com produção muito aquém da verificada antes do início da pandemia da Covid-19, operando num patamar 20,3% abaixo de fevereiro de 2020.

O resultado também foi negativo em relação a setembro de 2020, com queda de 13,3% na produção industrial baiana. O estado teve a nona retração consecutiva nesse indicador e o terceiro pior recuo do país, superior apenas aos índices do Amazonas (-13,5%) e da Região Nordeste como um todo (-13,7%), que sofre a influência do desempenho da Bahia.

Frente a setembro de 2020, a produção industrial brasileira também caiu (-3,9%), com resultados negativos em 11 dos 15 locais investigados.

A Bahia segue com os piores índices do Brasil no acumulado no ano de 2021, frente ao mesmo período de 2020 (-13,4%), e nos 12 meses encerrados em setembro (-10,3%). Em ambos os indicadores, os resultados estão bem abaixo dos apresentados pela indústria nacional (7,5% e 6,4%, respectivamente).

O recuo na produção industrial da Bahia na comparação com setembro de 2020        (-13,3%) se deu, tanto por conta da nona queda seguida na indústria de transformação (-13,6%), quanto por conta do primeiro recuo da indústria extrativa (-6,7%) após sete resultados positivos consecutivos.

Na indústria de transformação, houve retrações em 7 das 11 atividades investigadas separadamente no estado, com destaques para a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-96,2%) e fabricação de outros produtos químicos (-16,1%).

A fabricação de veículos apresentou sua quarta queda consecutiva e tem, de longe, o pior desempenho no acumulado em 2021, no estado (-94,3%). Já a fabricação de outros produtos químicos, teve, em setembro, sua terceira retração consecutiva.

Entre as quatro atividades industriais com aumento de produção em setembro 21/setembro 20 na Bahia, os principais destaques em contribuição para segurar a queda geral da indústria no mês vieram, respectivamente, da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (com alta de 3,7%) e da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (31,7%, maior taxa de crescimento no mês).

O segmento de derivados de petróleo é o de maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou, em setembro, seu primeiro resultado positivo após recuar seguidamente desde dezembro de 2020.

Já o segmento de couro vem apresentando resultados positivos mês a mês há pouco mais de um ano, desde outubro de 2020, e tem os melhores desempenhos do estado, tanto no acumulado neste ano de 2021 (43,1%) quanto nos 12 meses encerrados em setembro (31,9%).