O skate ganhou notoriedade nas Olimpíadas de Tóquio, após o Brasil conquistar três medalhas. Com a popularidade do esporte, algumas fábricas de São Paulo dobraram as vendas e a fabricação dos skates.
Durante o aprendizado, quedas fazem parte do processo e, nessa situação, a principal forma de defesa é usar as mãos para tentar absorver o impacto. Por essa razão, entre as lesões mais frequentes, estão as do membro superior, que incluem o punho, o cotovelo e o ombro. Esse tipo de lesão corresponde a, aproximadamente, 50% das fraturas no esporte.
“A região do punho, por exemplo, é conhecida como carpo, um grupo de pequenos ossos que são responsáveis pelos movimentos da mão. Ao se machucar, o indicado é que a pessoa não enfaixe a área lesionada por conta própria. A primeira coisa a se fazer é procurar um especialista em cirurgia da mão para que ele inicie o tratamento adequado para o caso”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Henrique de Barros. “É muito importante diagnosticar a lesão em sua fase aguda, pois quanto mais tempo demorar, mais difícil será a recuperação”, completa.
O especialista pontua que, apesar de o risco de complicações entre os mais jovens ser menor - já que o tempo de consolidação óssea de uma criança após a fratura é muito rápido, o diagnóstico precoce é essencial para o êxito do tratamento.
O presidente da SBCM reforça ainda que, para evitar o risco de trauma, é fundamental utilizar os equipamentos de segurança, entre eles a munhequeira, joelheira, cotoveleira e capacete. “Prática de atividades físicas, como o skate, são muito importantes para a saúde, mas, para que cumpra esse papel, é preciso tomar todos os cuidados para que traga somente benefícios”, conclui.