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Exposição homenageia Ariano Suassuna no Centro Histórico

'Suassuna, uma estrela no mundo', reúne obras de diversos artistas no Santo Antônio

Foto: Divulgação

Ludmila Castro - Aparecida. Técnica (Feltro Bordado) (55x70)

O ME Ateliê da Fotografia - Ladeira do Boqueirão, n.6, Santo Antônio Além do Carmo, apresenta a exposição ‘Suassuna, uma estrela no mundo’. Iniciada em 22 de agosto, com visitação gratuita, aberta às sextas, sábados e domingos, das 15h às 19h.

Reunindo 43 artistas de oito estados brasileiros, entre bordadeiras, escultores, pintores, ceramistas, caricaturistas e fotógrafos, a exposição presta um tributo à história do escritor, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, professor e advogado brasileiro, Ariano Suassuna, que de 1990 até o ano de sua morte, ocupou a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras.

Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, na antiga Parahyba do Norte, atual João Pessoa, capital do estado da Paraíba. Filho de Rita de Cássia Dantas Villar e João Suassuna, que na época era o então presidente do estado, Suassuna foi o idealizador do Movimento Armorial, que teve como objetivo criar uma arte erudita, a partir de elementos da cultura popular do Nordeste brasileiro.

Pela importância do romancista nordestino para o Brasil, a exposição, comemorativa aos três anos do ME Ateliê da Fotografia, completados em 20 de julho, convidou importantes figuras do meio artístico-cultural para prestar-lhe tributos, a exemplo do fotógrafo Bob Wolfenson, o cartunista Camaleão, a poetisa Tessa Pisconti, o escultor Vicente Silva, os artistas plásticos Léo Furtado e Carlos Queiroz, e a ceramista Cecilia Menezes.

Gratuita e aberta ao público, a mostra, constituída de 46 obras de artistas baianos, pernambucanos, mineiros, paraibanos, paulistas, goianos e cariocas, será distribuída nas salas Ariano Suassuna e Tati Moreno, enquanto uma individual com o conjunto de 18 imagens da casa e universo de Suassuna por Mário Edson ocupará a sala Frans Krajcberg.

Para Mário Edson, curador e idealizador da exposição, a importância em evidenciar a história de Suassuna se dá pela sua relevância e contribuição histórica à cultura e arte brasileira.

“Ariano é imortal! Um mestre na literatura seja nos livros, poesias ou textos teatrais e responsável pela criação do Movimento Armorial que, envolvendo música, artes plásticas, teatro e dança buscou valorizar e lançar luz sobre a arte popular vista como arte menor frente a arte erudita”, destaca.

O ateliê funciona com 30% da capacidade máxima para visitações simultâneas. Após a aferição de temperatura, o visitante pode explorar o vernissage, mantendo o distanciamento social de 1,5m, com a permanência de até 1h sob utilização de máscara protetora durante toda a exposição. A higienização do local é feita antes e após o encerramento do horário de visita.