Artes Visuais / Cidade

Largo da Soledade, na Liberdade, recebe o projeto 'A Rua é o Museu do Povo'

As calçadas do Largo da Soledade hospedam o encerramento da temporada de ocupações artísticas no projeto

Foto: Hércules Bressy
Espetáculo
A ocupação ocorre na presencialidade, respeitando todos os protocolos de saúde para enfrentamento à Covid-19

Com intervenções urbanas e rodas de conversas, o projeto A Rua é o Museu do Povo vem ocupando desde o primeiro domingo de fevereiro praças públicas de bairros periféricos de Salvador.

Neste último domingo, 28 de fevereiro, das 14h às 17h, as calçadas do Largo da Soledade, no bairro da Liberdade, hospedam o encerramento da temporada de ocupações artísticas no projeto.

A ocupação ocorre na presencialidade, respeitando todos os protocolos de saúde para enfrentamento à Covid-19, com a exposição de fotografias de Hércules Bressy, pintura de Luís Santos, grapixo de Pedro Arcanjo, todos integrantes do Arte Marginal Salvador.

A atriz Fabrícia Rios, que integra o espetáculo O Museu é a Rua, do grupo A Pombagem, apresenta uma célula performática inspirada na obra, para reafirmar a arte de rua, urbana e marginalizada.

A partir das 18h, os grupos Arte Marginal Salvador e A Pombagem realizam uma roda de conversa com as assistentes sociais Candeias Souza e Val Santos através do perfil no Instagram @artemarginalssa.

A afirmação de que “A Rua é o Museu do Povo”, que vem no sentido de desmistificar a ideia do museu como edifício e provocar o debate sobre as suas diversas possibilidades, é o eixo norteador deste bate-papo mediado pela Fabricia Rios.

A Rua é o Museu do Povo busca colocar o museu como um espaço de artes públicas criadas/feitas/produzidas pelo povo, que dialogue artisticamente com a periferia.

“Os tradicionais museus têm um aspecto solene, obras de um lado e o visitante do outro. Queremos transcender essas margens hierárquicas que não contribuem para a interação, apenas limitam a uma experiência de contemplação. Isso não é o que desejamos, queremos interagir”, destaca Fabrício Brito, integrante do Arte Marginal Salvador que aproveita para sublinhar a parceria artística do grupo de arte popular A Pombagem.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.