Artes Visuais

Pivô abre chamada para residência artística

Convocatória selecionará até 24 artistas para os três ciclos de 2021

Está aberta a chamada para o programa de residências Pivô Pesquisa, que, em 2021, deverá retornar ao modo presencial, sendo realizado na sede do Pivô no Edifício Copan, região central de São Paulo. Serão selecionados até 24 artistas, divididos em 3 ciclos anuais, com duração de 12 semanas. O candidato poderá inscrever-se nos três ciclos, mas poderá realizar apenas um deles.

Cada ciclo contará com acompanhamento curatorial de um curador convidado, conforme abaixo:

Ciclo I: 08 de março a 01 de junho 2021, curadora convidada: Beatriz Lemos
Ciclo II: 14 de junho a 09 de setembro 2021, curadora convidada: Catarina Duncan
Ciclo III: 20 setembro a 14 dezembro 2021, curador convidado: Hélio Menezes

As inscrições podem ser feitas até às 16h00 (horário de Brasília) de 6 de novembro de 2020. O resultado será anunciado no dia 21 de janeiro de 2021. Devido ao cenário de incertezas gerado pela pandemia de Covid-19, a convocatória é destinada, excepcionalmente, apenas a artistas residentes no Brasil. A participação no programa é gratuita.

Acesse o edital em www.pivo.org.br

Inscrições: 9 de outubro a 6 de novembro de 2020, até às 16h00 (horário de Brasília)
Resultado: 21 de janeiro de 2021

Sobre os curadores convidados
Beatriz Lemos (Rio de Janeiro, 1981) vive e trabalha em São Paulo. Curadora e pesquisadora, mestre em História Social da Cultura pela PUC-RJ. É idealizadora e diretora da plataforma de arte Lastro - Intercâmbios Livres em Arte e atua na promoção, ensino e curadoria de processos de criação e aprendizagem anticoloniais, antirracistas e antipatriarcais no Brasil e América Latina. Em colaboração com o MAM RJ, coordenou o projeto de catalogação dos documentos e da obra de Márcia X (1959-2005), que culminou, em 2013, na exposição monográfica da artista e o lançamento do catálogo raisonné.

Entre 2015/2016, integrou o programa Curador Visitante da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), que se desenvolveu nas bases atuais da Biblioteca | Centro de Documentação e Pesquisa da EAV. No ano de 2015, como comemoração de 10 anos da rede Lastro, realizou a etapa de pesquisa Lastro pela América Central, viajando com 15 artistas e curadores brasileiros, entre Panamá, Costa Rica, Guatemala e México, resultando em exposição no Sesc Consolação (SP) em 2016. Fez parte das comissões curatoriais do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2017) e da Bolsa Pampulha (2018/2019) e coordenou a residência artística Travessias Ocultas - Lastro Bolívia, que ganhou desdobramento em exposição no Sesc Bom Retiro (2016/2017). Atualmente, integra a equipe curatorial da 3ª Frestas - Trienal de Artes (Sorocaba, SP).

Catarina Duncan (Rio de Janeiro, 1993) atua como curadora e programadora cultural. Formada em Culturas Visuais e História da Arte pela Goldsmiths College, University of London (2010 - 2014).

Atualmente é curadora do Solar dos Abacaxis. Integrou a equipe curatorial da 32a Bienal de São Paulo, 'INCERTEZA VIVA' (2015 - 2016), do 36o Panorama de Arte Brasileira: SERTÃO (2019), do ‘Pivô Arte e Pesquisa’ (2014-2015) e das exposições ‘Terra Comunal Marina Abramovic’ no Sesc Pompéia (2015), "Still Being" do artista Antony Gormley no Centro Cultural Banco do Brasil (2012), da programação pública da obra ‘Cura Bra Cura Té’ de Ernesto Neto na Pinacoteca (2019). Participou das residências artísticas 'Residents Art Dubai' (2019), 'Belo Jardim' em Pernambuco (2017), 'Lastro Travessias Ocultas' na Bolivia (2016-2017) e 'Lastro Centro América' na Guatemala (2015-2016). Fez parte do coletivo 'Terreyro Coreográfico' (2015-2017) em colaboração com o Teatro Oficina. Assinou a curadoria das exposições '`A Construção' (2020) e 'Somos Muitxs' (2018) com Bernardo Mosqueira e 'Re-conhecimento' (2019) com Denilson Baniwa no Solar dos Abacaxis, 'dos nossos espaços vazios internos' (2019) de Gretta Sarfaty na Central Galeria, a coletiva '?' (2018) na Galeria Leme (2018), Fio Corpo Terra' (2017) no espaço Saracura (2017).

Hélio Menezes (Salvador, 1986) é antropólogo, atua como curador, crítico e pesquisador. Graduado em Relações Internacionais e em Ciências Sociais, é mestre e doutorando em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, e Affiliated Scholar do BrazilLab, da Universidade de Princeton. Atualmente, trabalha como curador de Arte Contemporânea do Centro Cultural São Paulo. Foi coordenador internacional do Fórum Social Mundial de Belém (2009), Dacar (2011) e Túnis (2013); bolsista no Institut d’Etudes Politiques (Sciences-Po Paris, 2007) e na Universidad Autónoma de Madrid (UAM, 2013). Seus textos se encontram em publicações como os catálogos das exposições Histórias Afro-Atlânticas (vol. 1 e 2); 10th Berlin Bienalle for Contemporary Art; Rubem Valentim: construções atlânticas (MASP); Prison to prison: an intimate story between two architectures (Bienal de Veneza), entre outros. Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se Nova República (2019), em parceria com Wolff Architects (Cidade do Cabo) para a 12a Bienal de Arquitetura de SP; a curadoria das exposições Vozes contra o racismo (São Paulo, 2020); The discovery of what it means to be Brazilian (Mariane Ibrahim Gallery, Chicago, 2020); Eu não sou uma mulher? (São Paulo, 2018) e Histórias Afro-Atlânticas (MASP / Instituto Tomie Ohtake - São Paulo, 2018).

Sobre o Pivô Pesquisa
O Pivô Pesquisa é o programa de residências artísticas do Pivô que está em atividade permanente desde 2013, sediado no edifício Copan, no centro de São Paulo. Ao longo dos anos, o Pivô Pesquisa acumulou ampla experiência na formação de artistas a partir do acompanhamento crítico de projetos e na facilitação de desenvolvimento de trabalhos, tendo estabelecido uma rede de profissionais que colaboram frequentemente com o programa. Mais de 150 artistas, entre brasileiros e estrangeiros passaram pela residência do Pivô. Em 2020 foi instituída a participação gratuita no programa, que se divide em 3 ciclos por ano, com duração de 12 semanas, recebendo até 12 artistas por ciclo. O acompanhamento curatorial dos residentes é conduzido por um um curador convidado a cada ciclo. O programa inclui uma série de atividades individuais e em grupo, como palestras, oficinas e conversas, algumas delas abertas ao público.

Sobre o Pivô
Fundado em 2012, o Pivô é um espaço de arte autônomo que oferece uma plataforma para a experimentação artística e o pensamento crítico de artistas, curadores, pesquisadores e público em geral. O programa é composto por exposições, residências, palestras públicas e publicações de artistas locais e internacionais. A instituição já realizou mais de 150 residências nos últimos anos e os recentes comissionamentos incluem os artistas Katinka Bock, Eduardo Navarro, Erika Verzutti, Mário Garcia Torres, Letícia Ramos, Rodrigo Hernandez e a mostra coletiva "imannam" de Ana Maria Maiolino, Ana Linneman e Laura Lima. Devido à pandemia de covid-19, o Pivô suspendeu por tempo indeterminado todas as atividades públicas realizadas em sua sede no edifício Copan. Parte da programação foi adaptada para o ambiente digital, a exemplo do programa de residências Pivô Pesquisa que vem sendo conduzido em modo remoto.