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Paraná e Rússia assinam acordo sobre vacina contra Covid-19

Medicamento foi registrado antes da última fase de testes

Foto: Agência Ansa Brasil
Medicamento foi registrado antes da última fase de testes
Caso a eficácia da Sputnik V seja comprovada, ela poderá ser aplicada na população

O governo do Paraná assinou nesta quarta-feira (12) uma parceria com a Rússia para o desenvolvimento da Sputnik V, primeira vacina registrada contra o novo coronavírus em todo o mundo.

Segundo o governo paranaense, o memorando de entendimento é uma espécie de "protocolo de intenções" para que o medicamento eventualmente seja testado e produzido no Estado. No entanto, será preciso de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os termos do acordo foram firmados em reunião por videoconferência entre o governador Ratinho Júnior e representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa, da embaixada da Rússia e do governo do Paraná.

A partir de agora, será criado um grupo de trabalho para o estado brasileiro ter acesso às informações sobre a vacina. Caso a eficácia da Sputnik V seja comprovada, ela poderá ser aplicada na população.

A expectativa é de que a fase 3 seja realizada no Paraná. De acordo com o chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, a "assinatura foi o primeiro passo dessa relação de confiança".

"Para avançar, a Rússia precisa compartilhar os dados técnicos das fases 1 e 2 da pesquisa com o Paraná, o que eu acho que vai acontecer rápido, e depois os documentos serem submetidos e analisados pela Anvisa", acrescentou.

A candidata "Sputnik V" (em referência ao primeiro satélite artificial da Terra) obteve registro na Rússia antes mesmo de iniciar a terceira e última fase de estudos clínicos, considerada a mais importante e na qual se avalia sua eficácia para imunizar seres humanos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o medicamento russo ainda precisa ser submetida a uma avaliação "rigorosa" para comprovar sua eficácia.