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Chuvas esperadas para agosto em Salvador são 52% das de julho

A temperatura mínima esperada para agosto é de 19º

Foto: Romildo de Jesus
Salvador registrou, entre março e junho, os maiores índices pluviométricos em 36 anos

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) espera uma precipitação média de 133,5 milímetros para a capital baiana durante este mês de agosto. O órgão chegou a essa conclusão após reunião com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 

A expectativa é que essa chuva, equivalente a 52% da registrada em julho (quando chegou a 254,4 milímetros), aconteça nos primeiros dez dias do mês e tenha uma redução gradativa a partir da segunda quinzena, visto que setembro costuma ser mais seco.

A temperatura mínima esperada para agosto é de 19º e a máxima é de 31º. Este mês também é conhecido pela incidência de ventos mais fortes, com até 40km/h. O fenômeno ocorre por conta da Alta Subtropical do Atlântico Sul, que intensifica os ventos e o transporte de umidade para o continente.

Nesta segunda-feira (3 de agosto), ventos marítimos constantes e a proximidade de instabilidades determinaram uma tarde com formação de nuvens carregadas no litoral da Bahia. Em Salvador houve registro de pancadas de chuva e a temperatura ficou em torno de 24 graus.

Locais mais chuvosos - No mês de julho, a média de chuva acumulada no período de 1º a 31, foi de 254,4 milímetros, um pouco acima da média esperada, que era de 208,6 milímetros. Os locais mais chuvosos foram Palestina (com 339 mm de chuva), Nova Brasília (com 337,2 mm), Pirajá (324,5 mm), Jardim Cajazeiras (313 mm) e Cajazeira VII (308,8 mm).

O dia 9 de julho, uma quinta-feira, foi o mais chuvoso, com uma média de 65,7 milímetros. Naquele dia, a chuva provocou dois deslizamentos de terra, um deles na Avenida Mário Sérgio Pontes de Paiva, no bairro Canabrava, interditando o trânsito local, e o outro em Jardim Cajazeira, no Alto da Cebola. O tráfego só foi liberado em Canabrava após a remoção do barro e galhos de árvore da pista.

Durante todo o mês de julho, a Codesal realizou 1.472 vistorias. Houve 368 ameaças de desabamento, 155 deslizamentos de terra, 267 orientações técnicas, 233 ameaças de deslizamentos, 102 infiltrações, 109 alagamentos de imóveis, 78 árvores ameaçando cair e 24 desabamentos parciais. Uma morte foi registrada devido ao desabamento de uma marquise no bairro de Periperi. A estrutura, construída de maneira irregular, desabou, deixando um morto e três feridos.

Salvador registrou, entre março e junho, período tradicionalmente mais chuvoso, os maiores índices pluviométricos dos últimos 36 anos. Foram 1.540,8 mm, quando a média histórica é de 977,9 mm. Mesmo com esse volume de chuvas e com o desafio diante da pandemia da Covid-19, as ocorrências se mantêm em número reduzido, disse o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.

Aviso da Marinha

O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) informou nesta segunda-feira (3 de agosto) que a intensificação dos ventos alísios poderá provocar ventos de direção Sudeste a Leste, com intensidade de até 60 km/h (33 nós), na faixa litorânea dos estados do Rio Grande do Norte, ao norte de Natal, do Ceará, do Piauí e do Maranhão, a leste de São Luís, até a manhã do dia 5 de agosto.

Há condições favoráveis à ocorrência de ressaca com ondas de direção Sudeste a Leste, com até 2,5 metros de altura, na faixa litorânea do estado da Bahia, entre Ilhéus e Conde, entre a noite desta segunda-feira e a da terça-feira.

Segundo a Climatempo, agosto, junto com julho, é um dos meses mais secos do ano na maioria das áreas do Brasil. Para a maioria das áreas do país, a média de precipitação não passa dos 75 mm.

Os maiores volumes médios, de 150 a 250 mm, são encontrados no extremo norte do país, na região de Roraima e do noroeste do Amazonas.

Em relação à julho, agosto marca o início da redução da chuva na costa leste do Nordeste e uma forte retração da frequência de precipitação no norte do Nordeste.